Entrevista a Agustina Bessa-Luis
10/07/2023Agustina Bessa-Luis
A Senhora dos mil anos
«Escrevo para desconcertar, o maior número possível de pessoas, com o máximo de inteligência; por narcisismo, que é um fogo civilizador; para ganhar a vida e figurar no “Larousse”, com o mesmo realismo utópico que aquele aplicado à Madame de Pompadour. Eu escrevo para tirar as ilusões, com mérito, o que é uma forma de chamar a atenção dos outros, com virtude»
Agustina Bessa-Luís, em casa dos seus avós, encontrou a literatura de sensibilidade eclesiástica do século XVIII, a francesa contemporânea e o romance popular de marca castelhana. Aliás, uma coisa que, para sempre, ficou gravada na sua memória literária foram os costumes castelhanos: as comidas, os trajos, o mobiliário, as cores.
Detentora de secretas potências; um processo criador pessoalíssimo e torrencial onde às vezes «nada é dito» e «tudo é dito»; “um dos escritores portugueses mais persistentemente e fecundamente habitados pelo demónio da criação”; etc., etc.. Agustina Bessa-Luís é merecedora dum conjunto de adjectivações que já não nos surpreende e, segundo afirmação de Salvato Trigo, reitor da Universidade Fernando Pessoa, aquando do Congresso Internacional sobre os 50 anos da vida literária de Agustina, ”ela é a pessoa a quem o País deve alguma da sua educação estética e literária mais permanente e sólida nesta contemporaneidade tão agitada”.
A publicação de “A Sibila”, em 1954, trabalho recebido com entusiasmo pela crítica, e que veio a tornar-se o ponto de partida para uma vasta obra voltada para temas universais, veio alterar radicalmente a sua visão daquilo que escrevia. Sente que, a partir desse momento, tem de se defender da glória: “tive a impressão de que precisava de acautelar-me e, para tal, tinha que conhecer toda uma estrada atrás de mim. Olhar de frente para os entes amados e entender-me com eles, sondando o incurável das nossas relações em que o amor perdia sempre (…) o bem-estar, o amor confessado e vivido pareceu-me perigoso; eu só tentaria acercar-me dele através de inúmeros e evasivos espaços, coisas e pessoas”.
Mónica Rector, da Universidade da Carolina do Norte-EUA, em certa altura disse que “a verdadeira Sibila é a autora-narradora. Agustina “é a senhora dos mil anos; tem o poder da sabedoria e do conhecimento”.
Na sua infância, queria ser a protagonista de uma grande descoberta, para reparar “o facto amargo de se viver”. É uma desiludida da vida? Não, de maneira nenhuma, eu sou uma optimista. Optimista com pequenas crises, não de desistência, mas de reflexão.
Chegou a ser a tal “protagonista” da tal “grande descoberta”? Nunca cheguei a ser, mas espero ter contribuído com uma vida de exemplo e de trabalho.
Escrever “Memórias Laurentinas” significou o pagamento de uma dívida moral e afectiva ao seu avô? De certa maneira sim. Todos nós temos imagens tutelares e essa imagem foi para mim, não só pelo exemplo da sua vida de trabalho e, sobretudo, de não desistência e da procura sempre de alguma coisa. Tudo isto fez uma vida e o meu avô foi um homem de grande carácter e de mau génio, coisa que eu não tenho.
Está quase sempre a escrever? Sim.
Costuma escrever à mão? Sempre à mão.
Revê os textos depois de escritos? Não é propriamente uma revisão, pois o que faço são só alguns apontamentos, a substituição de algumas palavras e o cortar algumas coisas.
É uma escritora que odeia o silêncio? Pelo contrário. Eu preciso de silêncio para trabalhar. Até fiz uma casa grande porque assim dá mais possibilidades de silêncio.
Numa determinada altura perguntei-lhe se estava mais próxima de Eça ou de Herculano e a senhora respondeu-me que estava mais próxima de Camilo? Porquê? O Herculano foi um homem de grande responsabilidade e de grande nobreza de carácter. O Eça, deslumbrou-me numa certa idade, pelo seu estilo, pela elegância que ele tinha, pelo conhecimento da escrita, mas hoje já não tenho por ele aquela admiração que tive, embora o considere ainda um grande escritor, sem dúvida nenhuma. Estou mais próxima do Camilo porque ele é, talvez, como o Balzac, um homem mais imediato na sua vocação, um grande escritor que quase que não precisa de se afirmar pela cultura, ele é o que é.
Relações familiares, relações sociais de vida de província e relações históricas, é tudo ficção? Não, não é tudo ficção. Todos sabemos que a ficção também tem que se apoiar na realidade.
Considera a sua obra autobiográfica? Claro, como a de todos, a de toda a gente.
“A Sibila” veio alterar, radicalmente, a sua visão daquilo que escreve? Não veio alterar a minha maneira de escrever e sentir, mas veio alterar a minha vida social, porque foi essa obra que me assegurou o editor, que ainda hoje é o mesmo, e que me garantiu uma estabilidade no mundo das letras e a relação com os escritores e com o meio literário.
A Sibila foi em 1954. Embora tenha uma vasta obra literária realizada, o que pensa quando se fala de ABL, fala-se imediata e quase exclusivamente da Sibila? Porque A Sibila marcou uma viragem no comportamento humano e sobretudo na consciência da mulher moderna e, portanto, não foi intencional mas resultou, realmente nessa transformação da sociedade.
É feminista? É defensora da paridade ou de quotas? Não sou, de maneira nenhuma. Não há razões para a mulher ser feminista, elas adaptam-se às circunstâncias e as circunstâncias é que as vão formando, porque elas são mais obedientes do que pensam em relação à vida.
Escreveu que a “Quinta-Essência” é sobrenatural… Isso sente-se mais na literatura oriental.
Os apaixonados “incondicionais” de Agustina nem sempre a souberam ler. Considera que a leitura da sua obra é difícil de entender? Não é fácil. Mesmo para mim não é fácil de escrever, porque em muitas circunstâncias procuro o sentido das coisas e para algumas pessoas é difícil.
“A energia de Agustina cansa, num país de lírios de água e de gente mordida pelo zelo alheio. Por isto, o seu lugar na literatura contemporânea é um lugar incómodo”. Somos um povo de invejosos? Acho que sim. Num modo geral as sociedades organizadas, e nós, embora um pequeno povo, somos uma sociedade organizada, mesmo na mais profunda província, somos invejosos, porque se vive em contacto muito permanente e porque todos procuram o êxito nalguma coisa. Há sempre uma competição.
A pobreza não nos obriga a ser obtusos. Quer comentar? Isto está provado por tantos génios que partilham da pobreza, que partilham da dificuldade que a pobreza os condena e, justamente, esses génios, continuam empenhados no conhecimento.
Era um sonho seu fazer guiões para Manuel de Oliveira? Sinceramente não. São coisas que vem ter comigo. Nós não vamos ter com a cultura, ela é que vem ter conosco. Com o Manoel de Oliveira foi isso que aconteceu: a sua obra é que veio ter comigo.
O que a fez ir para o jornalismo? Foram circunstâncias favoráveis e uma simpatia que há, porque existe uma afinidade, evidentemente.
Certa vez disse: “o gosto que eu tive em ser directora do “Primeiro de Janeiro”. Isso fez que o Pinto de Azevedo desse uma volta no túmulo”. Isso foi um desabafo porque ele proibiu que, no jornal, o meu nome fosse escrito, visto que eu me tinha atrevido a atribuir ao editor todos os escritos que não fossem assinados. Ele, como resposta, proibiu que, na página literária, se falasse de escritores vivos, e de mim em particular.
Acredita em “alguma coisa que ultrapasse o humano”? Creio que sim. Sou católica de formação e de educação e cristã, por natureza.
Entende que quanto mais se viaja mais culto se fica? Depende do que fazemos com as recordações. Se as pessoas viajam para depois só fazer umas reuniões em casa, e contar o que viram aos vizinhos, e depois guardam aquilo tudo, com certeza que não se adianta muito.
«A Cultura é a reflexão para o entendimento do Homem»? Acho que sim.
A cultura oriental, o cerimonial, o rito. É um dos seus interesses de leitura. Porquê? Porque é uma cultura de grande subtileza, de grande contemplação em que o tempo, o veículo para a aquisição de coisas, não é dessa maneira que ele é visto e sentido. Acho que aquela grandeza é tão especial na cultura como na natureza.
Considera que os críticos literários possam ser uma fraude? Não. Acredito que os críticos literários, e eu tive mais que um, sejam críticos com uma grande sensatez e um grande sentido da sua missão.
Conhece Alenquer? Só de passagem, quando viajava na antiga EN1, em direcção a Lisboa, e vi que é uma vila muito bonita.
AGUSTINA BESSA-LUÍS RESPONDE
Manuel Viana –—– Escritor
Que pensa das bolsas para a criação literária? Vê nelas eufemismo do Rendimento Mínimo Garantido, aplicado a alguns trabalhadores intelectuais? Não penso muito bem. Um escritor ou um qualquer outro artista que trabalhe conforme a sua vocação, tem que trabalhar, primeiro que tudo, a sua vontade e tem que afirmar-se através da sua vontade. Se há muita facilidade, (eu não digo que se favoreça a indigência), mas ele deve ter o suficiente mas não demasiado, porque depois descansa e naturalmente há sempre a tentação de se deitar à sombra dos louros. As bolsas não têm dado resultado especial.
Jacinto Ramos – Actor
Agustina foi uma boa directora do Teatro Nacional D. Maria II e eu aconselhei-a, várias vezes, a sair. Gostaria de saber qual é o seu actual ou próximo projecto na área do teatro? Tenho muito gosto em saber notícias do Jacinto Ramos. Ainda hoje, depois destes anos, era capaz de aceitar o lugar de directora do Teatro Nacional, ainda que ache que o director deva ser um profissional do Teatro ou uma figura pública, portanto aceitaria como figura pública. Penso que ainda faria um belo papel.
Pedro Pinheiro – Actor
Quer fazer um comentário à sua passagem como directora do Teatro Nacional D. Maria II? Quando o Prof. Cavaco Silva me convidou para directora, eu, ingenuamente, aceitei, porque não sabia o que ia lá encontrar. Todos me diziam que aquilo era um saco de ratos, mas eu não sabia o que era um saco de ratos. Apesar de várias pessoas aconselharem-me a sair, no entanto, gostei de ter passado por lá.
PERFIL
Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa-Luís, nasceu a 15 de Outubro de 1922 em Vila Meã (Amarante), onde passou a sua infância e adolescência. A sua família paterna era de proprietários rurais de Entre Douro e Minho, a do lado materno oriunda de Zamora, Espanha. Desde muito nova que se interessou por livros, começando por ler alguns da biblioteca do avô. Na escola, Agustina elege a disciplina de História como a sua preferida, chamando-lhe “o meu recreio”, no entanto a sua “primeira cartilha” foi uma“Enciclopédia das Letras” de todo o mundo, que o seu pai trouxe do Brasil. Essa obra abriu-lhe “as varandas da Terra, donde se debruçam os poetas e os escritores famosos”: Antero de Quental, Byron, Dostoievski e Ruskin foram, então, os seus amigos de infância”. Aos 10 anos, apaixona-se pela leitura da Bíblia, numa época em que lia entusiasticamente “As Mil e Uma Noites” e as histórias do Antigo e do Novo Testamento.. Em 1932 vai estudar para o Porto, e em 1945 fixa-se em Coimbra. Em 1948 estreou-se como romancista, com a novela Mundo Fechado.
Em 1950 volta ao Porto onde fixa residência. É aqui que, em 1954, escreve A Sibila, a sua obra mais conhecida, com a qual obteve vários prémios e lhe abriu as portas ao mundo da escrita. Contacta com vários escritores portugueses e estrangeiros, como Eugénio de Andrade, John Wilcock, Jorge de Sena, José Régio, Julián Marias, Lain Entralgo, Marie Hermina Albe, Oscar Lopes, Pierre Emmanuel, Sophia de Mello Bryner Andersen, Vergílio Ferreira e Vitorino Nemésio, entre outros. É considerada uma das mais consagradas escritoras portuguesas contemporâneas.
Atravessando todos os géneros literários, ela escreve sobre Portugal, as suas evoluções, mitos e actualidades. As mulheres estão no âmago das suas obras. Com o passar do tempo foi impondo o seu estilo diante um público leitor que lhe reconhece a mestria e a considera uma das referências mais importantes da literatura portuguesa contemporânea. Tem representado as letras portuguesas em numerosos colóquios e encontros internacionais e realizado conferências em universidades um pouco por todo o mundo. Até ao momento, conta com mais de meia centena de obras, entre contos, novelas, peças de teatro, e guiões para televisão.
Em 1981, Manoel de Oliveira adaptou o seu livro Fanny Owen, para cinema. A partir daí tem colaborado com o realizador em vários outros seus trabalhos. Em 1993, Vale Abraão atingiu um enorme êxito internacional, recebendo vários prémios, que vieram das mais diversas partes do mundo, como o do júri de CICAE (Confederação Internacional dos Cinemas de Arte e Ensaio), Cannes (1993); prémio da crítica – São Paulo (1993); Jaguar de Ouro – Cancún – México (1993), entre outros.
Curiosidades
Experiência no desempenho de cargos
Membro do Conselho Directivo da Comunitá Europea Degli Scrittori (Roma, 1961-1962).
Directora do diário O Primeiro de Janeiro (Porto), entre 1986 e 1987.
Directora do Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), entre 1990 e 1993.
Membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social.
Membro da Academie Européenne des Sciences, des Arts et des Lettres (Paris),
Membro da Academia Brasileira de Letras
Membro da Academia das Ciências de Lisboa
Condecorações:
Ordem de Sant’Iago da Espada (1980),
Medalha de Honra da Cidade do Porto (1988)
Grau de “Officier de L’Ordre des Arts et des Lettres”, atribuído pelo Governo francês (1989).
Prémios:
Prémio Delfim Guimarães, 1953 (A Sibila)
Prémio Eça de Queirós, 1954 (A Sibila)
Prémio Ricardo Malheiros, 1966 (Canção Diante de uma Porta Fechada)
Prémio Nacional de Novelística, 1967 (Homens e Mulheres )
Prémio “Adelaide Ristori” (Centro Cultural Italiano de Roma), 1975.
Prémio Ricardo Malheiros (Academia das Ciências de Lisboa), 1977 (As Fúrias)
Prémio Pen Club Português de Ficção, 1980 (O Mosteiro)
Prémio D. Dinis (Casa de Mateus), 1980 (O Mosteiro)
Prémio da Cidade do Porto, 1982
Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, 1983 (Os Meninos de Ouro)
Prémio RDP-Antena 1, 1988 (Prazer e Glória).
Prémio Seiva de Literatura (Companhia de Teatro Seiva Trupe),1988.
Prémio da Crítica (Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários), 1993 (Ordens Menores)
Prémio União Latina (Itália), 1997 (Um Cão que Sonha).
Alguns gostos
Melhor viagem
As viagens de juventude que fiz à Grécia, com o meu marido.
Cor
Vermelho
Clube
Por bairrismo, sou do Futebol Clube do Porto
Religião
Católica
Figura +
Cavaco Silva
Maior feito da Humanidade
Não foi a roda, porque nós hoje estamos todos a sofrer por causa dela. Também não foi a pólvora, pelos mesmos motivos. Talvez o sentido gregário.
Maior virtude do Homem
A paciência
Maior defeito
A cobiça
Escritor português preferido
Camilo Castelo Branco
Livro mais lido
A Bíblia
Livro que se arrependeu de ler
O Trópico de Câncer, apesar de ser uma boa obra de um bom autor.
O que gostaria de ser se não fosse escritora?
Qualquer personagem parecida com a Catarina da Rússia.
Prémio Nobel
O prémio está cheio de boas intenções, possivelmente instituído para aliviar uma má consciência. O PN teve um bom princípio, mas, depois, foi utilizado em muitos sentidos, e sentidos menos nobres, mas tanto para a Paz, como para a Literatura como para a Medicina, o sentido é de grande nobreza.
O governante que mais defendeu a cultura
Bismarck
Pedro Santana Lopes
É uma pessoa de quem sou muito amiga, de quem tenho uma recordação de ter feito, junto com ele, o Secretariado da Cultura, numa boa equipa.
O actual ministro da cultura
Não o conheço, praticamente. Ainda não teve tempo de se afirmar. Acho que é um Mistério: é baptizado, com todas as regras, e abençoado, mas depois não é acompanhado.
Algumas Obras:
Ficção
Mundo Fechado (novela) 1948.
Os Super Homens (romance) 1950.
Contos Impopulares. 1951-1953;
A Sibila (romance). 1954;
Os Incuráveis, revelação e criação (romance) 1956;
A Muralha (romance)., 1957;
O Susto (romance), 1958.
Ternos Guerreiros (romance), 1960.
O Manto (romance), 1961.
O Sermão de Fogo (romance), 1962,
As Relações Humanas: I – Os Quatro Rios(romance), 1964;
As Relações Humanas: II – A Dança das Espadas(romance), 1965.
As Relações Humanas: III – Canção Diante de Uma Porta Fechada, 1966.
A Bíblia dos Pobres: I – Homens e Mulheres (romance), 1967.
A Bíblia dos Pobres: II – As Categorias (romance), 1970.
A Brusca (contos) Lisboa, 1971; 2
As Pessoas Felizes (romance), 1975.
Crónica do Cruzado Osb (romance), 1976.
As Fúrias (romance), 1977;
Fanny Owen (romance), 1979;
O Mosteiro (romance), 1980;
Os Meninos de Ouro (romance), 1983;
Adivinhas de Pedro e Inês (romance), 1983;
Um Bicho da Terra (romance), 1984.
A Monja de Lisboa (romance), 1985.
A Corte do Norte (romance), 1987;
Prazer e Glória (romance), 1988.
A Torre (conto), 1989.
Eugénia e Silvina (romance), 1989;
Vale Abraão (romance), 1991;
Ordens Menores (romance), 1992;
O Concerto dos Flamengos (romance), 1994.
As Terras do Risco (romance), 1994.
Memórias Laurentinas (romance), 1996.
Um Cão que Sonha, 1997.
O Porto em Vários Sentidos, roteiro, 1994
O comum dos mortais, (romance), 1995
As Meninas, colecção, com Paula Rego.
A Mãe de um Rio, (conto),
Party (guião) 1996
A Quinta Essência, 1999
Biografias
Santo António, 1973;
Florbela Espanca, 1979;
Sebastião José, 1981;
Longos Dias Têm Cem Anos, 1982.
Ensaios
Apocalipse de Albrecht Dürer, 1986.
Martha Telles: o Castelo Onde Irás e Não Voltarás. 1986.
Camilo – Génio e Figura, 1994.
Camilo e as Circunstâncias, 1981.
António Cruz, o Pintor e a Cidade, 1982.
Aforismos, 1988.
Alegria do Mundo, 1996.
Algumas Obras:
Biografias
Santo António, 1973;
Florbela Espanca, 1979;
Sebastião José, 1981;
Longos Dias Têm Cem Anos, 1982.
Ensaios
Apocalipse de Albrecht Dürer, 1986.
Martha Telles: o Castelo Onde Irás e Não Voltarás. 1986.
Camilo – Génio e Figura, 1994.
Camilo e as Circunstâncias, 1981.
António Cruz, o Pintor e a Cidade, 1982.
Aforismos, 1988.
Alegria do Mundo, 1996.
Juvenil:
Dentes de Rato, 1987;
Contos Amarantinos, 1987;
Vento, Areia e Amoras Bravas, 1990
A Memória de Giz, 1994
Crónica
Conversações com Dimitri e Outras Fantasias, 1979;
Viagens
Embaixada a Calígula, 1961
Breviário do Brasil, 1991.
Um Outro Olhar Sobre Portugal, 1995.
Teatro
O Inseparável ou o Amigo por Testamento, 1958.
A Bela Portuguesa, 1986
Estados Eróticos Imediatos de Sören Kirkegaard, 1992
Party (diálogos), 1996
Obras adaptadas para cinema
Visita ou Memórias e Conficções,
Fanny Owen,
Vale Abraão,
As Terras do Risco,
Party.
A Mãe de um Rio
Obras adaptadas para teatro
As Fúrias
Traduções:
Alemão
Die Sibylle (A Sibila), 1987
Fanny Owen, 1987.
Castelhano
Cuentos Impopulares (Contos Impopulares), 1982
La Sibila (A Sibila), 1981
Fanny Owen, 1988
Dientes de Ratón (Dentes de Rato), 1990.
Dinamarquês
Søren Kierkegaards Umiddelbare Erotiske Stadier (Estados Eróticos Imediatos de Sören Kierkegaard).
Trad. Jorge Braga. Copenhaga: Forlaget Ørby, 1994.
Francês
La Sibylle (A Sibila), 1982.
La Cour du nord (A Corte do Norte),1991
Fanny Owen, 1988.
Le confortable désespoir des femmes. (O Mosteiro), 1994.
Les Terres du risque (As Terras do Risco), 1996.
Grego
H KOIAA TOY ABPAAM (Vale Abraão), 1996.
Italiano
La Sibilla (A Sibila), 1989.
Romeno
Sibila (A Sibila), 1986.
Entrevista concedida na Biblioteca Municipal de Alenquer
Alenquer, 10 de Outubro de 2001
Publicada no Jornal D’Alenquer de 1 de Dezembro de 2001, pp 27 a 29.
©Hernâni de Lemos Figueiredo
Director do Jornal D’Alenquer
hernani.figueiredo@sapo.pt
Olá, muito obrigado por visitar este espaço.
Espero que a sua leitura tenha sido do seu agrado.
Se for o caso de nos deixar agora, desejamos que volte muito em breve.
Até lá… e não demore muito. espreite