
O último Escuteiro
08/11/2020O ÚLTIMO ESCUTEIRO

Fui hoje surpreendido com a triste notícia que o Vitor Ronca nos deixou. Recordo-o com saudade dos tempos idos em que na idade da inocência política, ambos acreditávamos que o egoísmo e maldade dos homens se combatiam com voluntarismo e dedicação, bastando para isso estarmos ancorados nos valores sociais, éticos e morais da Social-democracia deixada por Francisco Sá Carneiro.
Hoje, passados mais de 40 anos, o Vitor Ronca continuava a lutar, à sua maneira, contra a perfídia, agora, mais requintada, sabendo que a sua luta era inglória, pois a História mostrava-nos que ninguém até aqui tinha conseguido vencer os moinhos de vento. Mas ele teimava em querer continuar a acreditar num fim onírico para os seus desejos de justiça e igualdade de oportunidades para todos na nossa terra, ignorando talvez, heroicamente, as faculdades da ortodoxia política reinante.
O último escuteiro da Social-democracia em Alenquer deixou-nos sem ver concretizada a sua quimera de haver uma maior justiça na distribuição universal dos benefícios sociais no concelho. A geração nova de sociais-democratas de Alenquer tem a obrigação política de sair da sua zona de conforto e prosseguir o seu combate, mesmo que ele se apresente como irrealizável.
Companheiro Vitor Ronca, descansa em paz.
As minhas condolências à Piedade, sua esposa, e à restante família.
Hernâni de Lemos Figueiredo
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