Entrevista a… Urbano Tavares Rodrigues

Entrevista a… Urbano Tavares Rodrigues

01/01/2001 0 Por hernani

Entrevista a…

Urbano Tavares Rodrigues

Que resta aos homens da cultura, menorizados, subalternizados ou integrados habilmente no sistema?

Urbano Tavares Rodrigues
“A mais diversificada galeria de espíritos insubmissos, com que conta a narrativa portuguesa do nosso tempo, em límpido e desassombrado combate contra todas as formas de opressão, todos os esgares da hipocrisia, todos os tabus impostos por uma sociedade corrompida”. 
(David Mourão-Ferreira)

Urbano Tavares Rodrigues está há mais de meio século ligado aos livros. Fez agora 50 anos que escreveu “Manuel Teixeira Gomes”, iniciando assim uma vastíssima obra, entre conto, romance, crónica e ensaio, que o tornou, em Portugal, um dos mais prolíferos e prestigiados escritores da segunda metade do século. A sua obra tem uma dimensão vastíssima, de diversas dezenas de títulos, a que foram atribuídos vários prémios literários, encontrando-se traduzida em muitas línguas.

A sua ficção, denotando influências do existencialismo francês da década de 50 (nota-se uma determinante influência do modelo literário de Albert Camus), onde a dimensão erótica está bastante presente, dedica uma relevante atenção a uma consciencialização do indivíduo a vários níveis: desde o nível do corpo e da morte até à identidade social e política. Onde o hiper-realismo quase toca o fantástico, são noutros cenários, noutros tempos, exemplos do mesmo acto de escrever, do mesmo cântico à vida, ao amor e à esperança. O Alentejo está presente na sua obra, revelando assim a marca de uma certa decadência do “fim de século” português, herdado de Fialho de Almeida, de António Patrício ou mesmo de Manuel Teixeira Gomes, que serviu de mote para o seu primeiro livro.

Ainda há dias quando, no jantar de aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores, assisti à entrega do “Prémio Consagração de Carreira”, com que a SPA o homenageou, estava longe de imaginar a sua vinda a Alenquer e a consequente oportunidade de ouvi-lo para o Jornal D’Alenquer. A entrevista de hoje é uma tarefa ingrata porque, na verdade, estive na presença duma figura de referência do meio intelectual português. Peguei no “trabalho de casa e fiz pela vida” e o que se segue é o relato possível da conversa com Urbano Tavares Rodrigues, que se mostrou um conversador invejável e bastante compreensível.

O que diferencia “Manuel Teixeira Gomes” de “O Supremo Interdito”?
Manuel Teixeira Gomes” é um ensaio e “Supremo Interdito” um romance. Manuel Teixeira Gomes representou na minha vida uma grande influência cultural; é um dos escritores que mais marcaram sobretudo, a formação do meu estilo e também da minha vida. O esteticismo de Manuel Teixeira Gomes e o seu encantamento com a natureza, a sua visão da arte, o seu erotismo, o seu republicanismo, o seu sentido de justiça, tudo isso são linhas de comportamento e de atitude perante a vida que me marcaram muito.

A sua ficção sofreu influências do existencialismo francês da década de 50?
O existencialismo francês deslumbrou-me durante os anos que fui estudante na Faculdade de Letras e que comecei a conviver muito com obras de Jean-Paul Sartre, Albert Camus e André Malraux. Depois vim a conhecê-los pessoalmente, em França. O que me encantou no existencialismo foi a autenticidade e a recusa da mentira, (o que Sartre chamava “Salauds” aqueles que se recusavam a olhar de frente a realidade) e era também o facto dos filósofos da existência anteporem a existência à essência, quer dizer, de excluírem de certo modo a metafísica e encararem a necessidade num mundo sem sentido de conferir justamente um sentido através de uma moral de acção, que seria a luta pela dignidade humana e por uma sociedade mais justa, mais igualitária, portanto isso realmente marcou-me. Como por outro lado, eu recebia muitas influências do materialismo histórico e dialéctico e da visão marxista da história com a luta de classes, havia uma certa tendência em mim, quer dizer, quando escrevia “A Porta dos Limites”, “Vida Perigosa” e a “A Noite Roxa”, entre existencialismo e marxismo, e até uma certa vontade de conciliar essas duas visões do mundo, porque no fundo, o que me fascinava no existencialismo era o seu humanismo, aquilo que também, depois, sempre vim a procurar no marxismo, foi também um outro humanismo. A conciliação, de facto, dos dois pensamentos é um bocado utópica.

Considera-se um “espírito insubmisso da narrativa portuguesa”?
Considero-me um dos espíritos insubmissos da narrativa portuguesa, de facto.

Sente-se o Camilo do nosso tempo?
Gosto mais do Eça que do Camilo, embora o ache um grande escritor, mas o que há de romântico em mim, creio que não tem muito a ver com o Camilo Castelo Branco, mas sim com outros românticos, e teríamos que ir procurá-los noutras literaturas. Julgo que sou realista e algumas vezes sou fantástico. São essas fugas ao realismo, por vezes para o fantástico, que se confundem, e até o interesse por certos aspectos romanescos da vida, mas nós não encontramos só isso no Camilo, por exemplo, encontramos na obra de Carlos Oliveira. Penso que tem a ver com outros romantismo que eu conheci, como o alemão, ou o francês, e até o inglês. Não é tanto no romantismo português, que eu vou encontrando antecedentes. Mas, no entanto, não está de todo errado.

O que o leva a “fazer de forma radical e inequívoca a crítica deste mundo em que vivemos”?
Penso que este mundo em que vivemos, para já, não tem muita defesa. A procura do lucro imediato leva as grandes empresas multinacionais e os grandes capitalistas a destruírem a natureza com a poluição incessante, com a destruição das florestas, com o desinteresse que manifestam por problemas como o do buraco do ozono, etc.. Nós vimos que os grandes encontros internacionais para defender a natureza e a ecologia acabam sempre por não resultar. É dramático, porque a espécie humana está ameaçada, na medida em que a natureza está ameaçada. Essa nossa perde de relação com a natureza, a destruição do campo, aparecimento das cidades imensas, com todos os bairros da lata, que se vão formando em torno, são aspectos horrorosos do nosso tempo. É um tempo de facto tristemente desumano, em que os bens da terra, o produto da riqueza, é destruído por uma pequena minoria que se encontra localizada nos Estados Unidos em grande parte, também um pouco na União Europeia, no Japão, nos países mais ricos, onde começa a haver grandes manchas de misérias, mesmo na Europa, mesmo nos Estados Unidos, o que significa que se cava o abismo cada vez maior entre ricos e pobres e que desaparecem as camadas médias da sociedade. É de facto um mundo horrível, mas não é só por isso: são os valores culturais; é “o império do ter sobre a destruição do ser”; é a destruição do convívio humano a partir da industrialização, da compra e venda, de uma sociedade de mercado, como é a nossa, portuguesa, como a francesa, como a inglesa, como a alemã; é a loucura do centro comercial, onde se compra tudo; é o esquecimento no fundo, do convívio, dos afectos, dos prazeres simples como seja o de conversar, ouvir música a determinadas horas, parar a ver o pôr-do-sol. Enfim, tanta coisa simples que se está a perder numa sociedade “stressada”, egoísta, ou materialista se quiser, porque o é, não no sentido filosófico, mas no sentido real, de se preocupar não com valores espirituais mas quase só com valores materiais.

“Violeta e a Noite” é a viragem de estilo na sua obra?
Não sei se é um momento de viragem, pois há uma evolução lenta. Várias pessoas consideraram que é uma obra de viragem, mas essa viragem talvez esteja já na Vaga de Calor”, na “Fuga Imóvel” porque é de 1982 e é uma espécie de livro de sonhos, onde o prazer da escrita se manifesta fortemente e onde o onírico que começa a invadir, a partir daí, os meus romances de encontros e novelas, também ganha grande espaço. A “Violeta e a Noite” forma talvez um tríptico com a “Deriva” e “O Ouro e o Sonho”. Bom, se quisermos, não propriamente uma trilogia, mas um conjunto mais amplo antes de chegarmos a “A Hora da Incerteza”. Seriam romances ligados por alguma coisa, que é um interesse pela vida dos sonhos, que é uma parte da nossa vida, (uma das minhas raízes, é uma raiz surrealista que se manifesta), e depois, digamos que também, uma grande mudança do mundo que tem haver com o desmoronamento da União Soviética, o desaparecimento das chamadas democracias populares na Europa do Leste, e a “Violeta e a Noite” é, um pouco, um livro de luto, pelo desaparecimento do socialismo, com todos os seus erros que eram imensos mas, que ainda representava o prolongamento de um sonho, e o aparecimento de uma outra sociedade que virá a ser a sociedade de mercado, conduzida pelo dinheiro como valor supremo da sociedade, dita competição total, mesmo feroz, entre as pessoas. Os romances são romances de amor, onde a paixão, a sensibilidade, o amor, a morte, o tempo, são elementos fundamentais. Há uma diferença grande, enquanto a “Violeta e a Noite”, a “Deriva” e “O Ouro e o Sonho” têm como cenário, Lisboa, a “A Hora da Incerteza”, já tem como cenário o Alentejo, e é um regresso portanto a um outro mundo meu. Mas, nesse regresso ao Alentejo, continua o amor a ser predominante, a relação do casal, a dificuldade do amor, a sua necessidade absoluta do amor e ao mesmo tempo os grandes problemas do mundo também ressoam ali, onde se manifesta o desemprego entre os camponeses, onde há a desertificação do Alentejo, e tudo isso é a metáfora do mundo, porque as mesmas coisas estão a acontecer noutro lugar qualquer, o desemprego, a incerteza sobre o futuro, sobre o que vai ser o próprio presente.

Sente-se um autor erótico?
Penso que sim. O amor é de facto um dos meus temas dominantes: o desejo e o prazer relacionados. O Freud disse uma vez que era a partir do amor que se constituía a primeira unidade social, que é o casal, e que é a partir do amor que se experimenta a grande solidariedade com os outros. Do amor do casal se parte para o amor para a humanidade. Eu creio que os meus livros são um pouco isso. Quer dizer, a relação erótica é muito importante mas está ligada a um mais amplo amor, que é realmente aquilo que o Saint-Just disse, na altura da revolução francesa, que é: “eu não posso ser feliz, enquanto houver tanta gente infeliz”. Portanto, essa necessidade que para a nossa plena felicidade exista também, pelo menos, a possibilidade de os outros serem felizes.

Quando diz que toda a cultura está ameaçada pela mundialização do capitalismo neoliberal, o que quer dizer realmente?
Acho que os valores culturais são espezinhados, embora no fundo o capitalismo global necessita duma cultura, porque faz falta a toda e qualquer sociedade e, no fundo, procura captar os intelectuais e os artistas, mas trata-os como cavalos de corrida, quer dizer, enquanto rendem é que valem, e mais do que isso, vê-os dentro duma visão de mercado, com uma visão de compra e venda. A cultura hoje é a cultura dos “best-sellers”, o que vale é aquilo que o escritor vende e não aquilo que o escritor faz, para o presente e para o futuro, quer dizer, não é o valor artístico, é o valor mediático e é o valor comercial da obra.

O senhor também diz que o mecenato apoia a criação artística e intelectual mas também assim a controla.
Há um desejo por parte dos mecenas, que já existe desde Florença, dos Médicis, de pôr ao seu serviço, artistas, como por exemplo, o Leonardo da Vinci, os Borgias, o Rafael Sanzio, etc. Os grandes procuravam e continuam a procurar fazer dos artistas uma espécie de criados seus.

José Cardoso Pires considera que “quando um autor é negado ou diminuído é a Cultura que se nega ou se diminui e a Pátria que se empobrece”.
Estou inteiramente de acordo. O salazarismo foi isso. O fascismo em Portugal foi isso. Libertámo-nos dessa atitude perante a cultura, embora Portugal seja ainda um país onde, apesar de tudo e da perda da missão intelectual, os intelectuais já não têm o papel social que tiveram. Ainda têm algum prestígio, que se vai perdendo.

Na sua intervenção, quando foi galardoado pela SPA, pôs a seguinte questão: “que resta aos homens da cultura, menorizados, subalternizados ou integrados habilmente no sistema?” Quer comentar?
Acho que, primeiro que tudo, os homens da cultura têm de deixar de se integrar dessa maneira. O que cumpre ao intelectual em todas as circunstâncias é ser crítico e rebelde. Mesmo quando se está de acordo com determinado sistema, tem de ter uma consciência crítica e vigilante.

“Autores somos todos. Assinamos o amor que fazemos, porque exaltamos o que amamos”. Concorda com esta definição?
Diria que essa definição é muito generosa. O Jean-Paul Sartre dizia que a literatura deve ser feita por todos. Já Isidore Ducass o dizia. Os surrealistas quiseram fazer isso com a sua pintura colectiva, com os seus poemas colectivos. E é um sonho da Humanidade, que todos sejam escritores, e todos sejam leitores, sejam artistas plásticos, em que a arte seja fluida na praça pública. É utópico, mas as utopias são sempre seminais, são sempre criadoras.

PERFIL…
Urbano-04Filho de um jornalista e escritor, nasceu no Alentejo em 1923, onde passou a sua Infância e adolescência. Ficcionista, investigador e crítico literário. Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1949); Leitor de Português na Universidade de Montpellier (1949-1952) e na Sorbonne (1952-1955); Quando volta a Portugal, dedica-se ao jornalismo profissional e é nomeado assistente da Faculdade de Letras de Lisboa. Em 1974 é Professor Extraordinário dessa Faculdade, onde, depois de se ter doutorado, termina a sua carreira em 1993 como Professor Catedrático, funções que passou a exercer em 1994 na Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões (UAL). Sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa (Classe de Letras) e sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras.

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BIBLIOGRAFIA
Ficção
A Porta dos Limites, 1952
Vida Perigosa, 1955
A Noite Roxa, 1956
Uma Pedrada no Charco, 1958
Bastardos do Sol, 1959
As Aves da Madrugada, 1959
Nus e Suplicantes, 1960
Os Insubmissos, 1961
Exílio Perturbado, 1962
As Máscaras Finais, 1963
Terra Ocupada, 1964
Dias Lamacentos, 1965
Imitação da Felicidade, 1966
Despedidas de Verão, 1967
Casa de Correcção, 1968
Horas Perdidas, 1969
Contos da Solidão, 1970
As Torres Milenárias, 1971
Estrada de Morrer, 1972
Dissolução, 1974
Viamorolência, 1976
As Pombas São Vermelhas, 1977
Desta Água Beberei, 1979
Fuga Imóvel. Lisboa, 1982
Oceano Oblíquo, 1985
A Vaga de Calor, 1986
Filipa Nesse Dia, 1989.
Violeta e a Noite, 1991
Deriva, 1993
A Hora da Incerteza, 1995
O Ouro e o Sonho, 1997
O Adeus à Brisa, 1998
O Campo da Promessa, 1998
O Supremo Interdito, 2000

Viagens / Crónica:
Jornadas no Oriente, 1956
Jornadas na Europa, 1958
De Florença a Nova Iorque, 1963
Roteiro de Emergência, 1966
Tempos de Cinzas, 1968
A Palma da Mão, 1970
Deserto com Vozes, 1971
Esta Estranha Lisboa, 1972
Redescoberta da França, 1973
Viagem à União Soviética e Outras Páginas, 1973
Perdas e Danos, 1974
As Grades e O Rio, 1974
Palavras de Combate, 1975
Diário da Ausência, 1975
A Luz da Cal. (com António Homem Cardoso), 1996

Ensaio e Crítica
Manuel Teixeira Gomes, 1950
Présentation de Castro Alves, 1954
O Tema da Morte na Moderna Poesia Portuguesa, 1958
O Alentejo. Lisboa,1959
Teixeira Gomes e A Reacção Antinaturalista, 1960
O Mito de Don Juan, 1981
O Algarve na Obra de Teixeira Gomes, 1962
Noites de Teatro. Lisboa: Ática, (2 vols.), 1961, 1962
O Romance Francês Contemporâneo. 1964
Realismo, Arte de Vanguarda e Nova Cultura. 1966
A Estremadura, 1968
A Saudade na Poesia Portuguesa. 1968
Escritos Temporais, 1969
Ensaios de Escreviver. 1971
Ensaios de Após Abril. 1977
O Gosto de Ler., 1980
Um Novo Olhar Sobre o Neo-Realismo., 1981
Manuel Teixeira Gomes: O Discurso do Desejo. 1984
A Horas e Desoras, 1993
Tradição e Ruptura, 1994
O Homem Sem Imagem, 1994

Colaboração diversa:
Bulletin des Études Portugaises
Colóquio
ColóquioLLetras
Cronos
Estudos Italianos em Portugal
Europa (que dirigiu)
Gazeta Musical e de Todas as Artes
JL-Jornal de Letras
Nouvel Observateur
O Diário (Suplemento Cultural)
Vértice
Vida Literária (Sup do Diário de Lisboa)

Traduções:
Alemão – A Porta dos Limites; Bastardos do Sol; Casa de Correcção; A Vaga de Calor
Búlgaro – Bastardos do Sol
Checo – Aves da Madrugada (excertos); As Máscaras Finais (excertos); Terra Ocupada (excertos)
Espanhol – Realismo, Arte de Vanguardia y Nueva Cultura.; Exílio Perturbado; Bastardos del Sol
Francês – Bastardos do Sol; Imitação da Felicidade; A Vaga de Calor; As Aves da Madrugada
Grego – Bastardos do Sol
Holandês – In Meesters der Portuguese Vertelkunst. Menlenboff Editie
Polaco – Imitação da Felicidade
Romeno – Os Insubmissos; Exílio Perturbado; Filipa Nesse Dia; A Vaga de Calor; Deriva.
Russo – Bastardos do Sol; Imitação da Felicidade; Casa de Correcção; Estrada de Morrer; Dissolução
Sueco – Imitação da Felicidade; As Aves da Madrugada
Ucraniano – As Aves da Madrugada; Imitação da Felicidade; Casa de Correcção

Prémios:
Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa, 1958 (Uma Pedrada no Charco).
Prémio da Imprensa Cultural, 1966 (Imitação da Felicidade).
Prémio Aquilino Ribeiro, da Academia das Ciências de Lisboa, 1982 (Fuga Imóvel).
Prémio da Crítica, do Centro Português da Assoc. Internacional de Críticos Literários, 1987 (A Vaga de Calor).
Prémio Fernando Namora, 1991 (Violeta e a Noite).
Prémio Literatura e Ecologia, do Lyons Club de Aveiro, 1993 (Deriva).
Prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho, do Centro Port da Assoc. Intern. de Crít Literários, 1993 (A Horas e Desoras).
Prémio de Consagração de Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores, 2000

 

Hernâni de Lemos Figueiredo
©Hernâni de Lemos Figueiredo (2001)

diretor do Jornal D’Alenquer

in Jornal D’Alenquer de 1 de Janeiro de 2001, p. 25 a 27

 

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