Sport Clube Estribeiro: São precisos 6.000 contos para acabar o ringue e colocar um palco

Sport Clube Estribeiro: São precisos 6.000 contos para acabar o ringue e colocar um palco

01/03/2000 1 Por hernani

Sport Clube Estribeiro

São precisos 6.000 contos para acabar o ringue e colocar um palco


Estribeiro_SCEO Sport Clube Estribeiro, nasceu em 19 de Maio de 1975 resultante de uma reunião de dezoito jovens. Sete deles constituíram-se numa direcção presidida por Francisco Luís. Três fazem parte da direcção actual. Clube característico duma aldeia pequena, os seus dirigentes geralmente são sempre os mesmos, rodando só nos cargos ocupados. Também tem tido épocas de crise para se encontrar pessoas para a direcção. Numa altura tiveram mesmo de usar o estratagema de fechar o clube por falta de sócios para o gerir. Por arte mágica apareceu logo uma direcção voluntariosa para não deixar morrer a que é “a menina dos olhos” da população de Estribeiro. Quando formaram o clube, houve grupos de pessoas a chamarem nomes. Hoje a vida deles é o clube e vão lá todos os dias.
A primeira sede foi uma pequena casa oferecida em 23/12/75 pelo sr Manuel André, já falecido. Em 15 de Junho de 1977 fez-se a inauguração do campo de futebol e depois começaram a pensar em construir uma nova sede. O terreno foi cedido pelo Sr. Guilherme Tordo, de Olhalvo. O custo da obra, quando se iniciou em 1979, estava previsto para 9.000 contos mas já vai em 50.000 contos ou mais e só tem sido possível com os apoios do Governo Civil e da Câmara de Alenquer, através do vereador José Maurício.
Estribeiro-rinck-e-sedeRecordam com certa nostalgia o tempo em que ainda não tinham sede e o sr. António Luis André emprestava a sua adega para se fazerem as festas e os bailes. Ficamos a saber que se fizeram ali grandes bailes para angariar fundos. Também recordam com gratidão uma altura em que o Padre Oliveira, de Abrigada, emprestou cem mil escudos. Está registado em acta. Agora há um empréstimo de dois mil contos por causa do ringue. Foi o senhor Leonel Polido, actual Presidente da Assembleia Geral, que emprestou. Como a direcção não estava em condições de assumir um compromisso bancário, foi este senhor que contraiu o empréstimo em seu nome, e estão a pagá-lo em prestações mensais de 60 contos.
O projecto da obra foi aprovado em 1990. O clube tinha já algum dinheiro, 300 ou 400 contos para começar, proveniente de peditórios anuais, mas nem tudo foi pago: o ferro para o obra custava 500 contos mas compraram-no por 40 contos, pois era uma altura em que as fábricas andavam um bocado em baixo. Além disso, o telhado foi oferecido. E havia o trabalho voluntário. Os homens que andaram a fazer a primeira muralha ficaram cravados lá dentro. A Junta de Freguesia e a população deram algum dinheiro para a nova sede. Era o objectivo principal. Tudo quanto havia, todo o dinheiro, todo o tempo que sobrava era para ajudar a fazer este edifício.
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O SCE actualmente tem organizado as marchas populares. Qualquer das actividades é irregular, o mais certo é o futebol de cinco e de onze. Às vezes há tiro ao alvo e tem havido umas peças de teatro de vez em quando, com grupos que vem de fora. Também tem organizado o Torneio de Amizade em futebol. É uma ideia para criar amizades e já receberam o Sport Lisboa e Saudade, o Grupo Desportivo da Amadora, o Grupo de Gondomar. Também já lá fomos jogar.
Este ano vamos festejar o Carnaval a 4 e 6 de Março; 0 25 de Abril; o Torneio de Amizade em futebol no dia 1 de Maio; os Santos populares no dia 24 de Junho onde vão haver marchas infantis; nos dias 28, 29,30 e 31 de Julho são as festas anuais e no dia 30 de Setembro é o grande baila das vindimas. Já está tudo contratado e organizado.
A luta agora é o ringue, sítio ideal para se praticar desporto e para as festas anuais, em Julho, em honra de Santa Ana, padroeira do lugar. O terreno também foi dado e o que pretendem é que as pessoas continuem a ajudar. Querem acabar as cabines, a rampa e também querem colocar um palco como deve ser, para o que necessitam de cerca de 6.000 contos e para o que contam com o apoio da Câmara e do Governo Civil para onde já enviaram uma exposição. O Senhor Presidente da Câmara está ao corrente dos seus anseios e esperam recebê-lo no jantar de aniversário em 20 de Maio.
Estribeiro é uma aldeia de cerca de 400 habitantes da freguesia de Abrigada, concelho de Alenquer, onde não existem cafés e o bar do clube tem servido não só para os sócios mas também para toda a população. Tem uma frequência diária de cerca de 200 pessoas.
João Miguel Santos Filipe e Manuel Bento Mascarenhas, respectivamente presidente e vogal da actual direcção, esperam conseguir levar a “água a bom moinho” e para isso esperam receber o habitual apoio da Câmara e do presidente Álvaro Pedro.



Hernâni de Lemos Figueiredo
©Hernâni de Lemos Figueiredo (2000)

Director do Jornal D’Alenquer

in Jornal D’Alenquer, 1 de Março de 2000, p. 6


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