Entrevista a… Francisco Goes, o representante de Damião de Goes
01/02/2000Entrevista a…
Francisco Goes, o representante de Damião de Goes
“Ser o Representante de Damião de Goes não dá benefícios mas sim uma grande responsabilidade; só tem valor quando uma pessoa consegue ter uma certa idoneidade moral e cívica e manter uma postura social correcta”
O Eng. FRANCISCO VAZ MONTEIRO DE GOES DU BOCAGE, “Representante de Damião de Goes”, (igualmente é “Representante de Bocage”, e também descendente da família Vaz Monteiro, do Carregado), é reconhecido pelo Conselho de Nobreza e tem as armas que Carlos V deu a Damião de Goes e que foram confirmadas por D. Sebastião.
Põe sérias dúvidas que Dürer seja o autor da gravura em bronze do grande humanista, visto quando este esteve “naquele lugar” já Dürer tinha morrido. Está convicto que o ser o “Representante de Damião de Goes” não dá benefícios mas sim uma grande responsabilidade; só tem valor quando uma pessoa consegue ter uma certa idoneidade moral e cívica e manter uma postura social correcta.
Recebeu-nos na sua casa em Olhalvo, numa noite fria. Foi agradável entrar no seu escritório bem aquecido, onde o livro era o elemento mais comum. Disponibilizou-se de imediato a fornecer tudo o que tinha e sabia, e foi muito.
Mostrou-se desgosto por nalguns círculos se dizer que os Goes são originários da Holanda, quando é precisamente o contrário. “Os Goes não têm nada de holandeses nem de flamengos, antes pelo contrário, eles é que derivam de cá. Inião de Estrada veio das Astúrias, São Vicente da Várzea, com o Conde D. Henrique (século XII) e, mais tarde, D. Afonso Henriques deu-lhe o Senhorio de Goes; foi a partir daí que começaram a usar o apelido Goes. Portanto, o nome de Goes vem da terra”.
Em Alenquer, o mais antigo Goes de que há notícia, é Gomes Dias de Goes, um extraordinário herói que acompanhou o Infante D. Henrique na “Tomada de Ceuta”, em 21 de Agosto de 1415.
Baltazar Dias de Goes, (irmão de Damião de Goes) fundou em 1547 o Morgadio de Monte de Loios, onde vivia (lugar junto à Ponte da Couraça e que na altura pertencia a Alenquer). Foi daqui a sua ascendência. Em Outubro de 1855 houve uma reforma e aboliram os morgadios. O último Morgado de Loios foi o seu avô Francisco de Goes Moraes du Bucage.
QUATRO TRABALHOS, UMA SÓ REPORTAGEM
À glória de um autor tão internacional como Damião de Goes
Damião de Goes em Lovaina
Damião de Goes e Erasmo
- O Representante de Damião de Goes (Você está aqui)
À glória de um autor tão internacional como Damião de Goes
©Hernâni de Lemos Figueiredo (2000)
diretor do Jornal D’Alenquer
in Jornal D’Alenquer de 1 de Fevereiro de 2000, p. 16 a 18
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Os Goes e os Cunhas têm a mesma raiz ancestral. São primos desde os primórdios de Portugal. Os Cunhas são “os Senhores de Tábua”. E o primeiro “Senhor de Goes” foi um Cunha, segundo o que li há tempos na Wikipédia. O meu tio Francisco de Goes du Bocage era casado com o irmã de meu pai:ela Maria Isabel da Cunha Goes du Bocage, ele Leandro Teófilo da Cunha.