I Congresso do Oeste
01/05/2000Identidade e Território
I Congresso do Oeste
“Pela primeira vez o Oeste foi convidado a participar num debate sobre si e a partir de agora, no Oeste nada será como dantes: o oeste compreendeu, afirmou-se, vai organizar-se e vai vencer”
Foi com brilho e satisfação dos presentes que se realizou o I CONGRESSO DO OESTE no Parque Regional de Exposições de Torres Vedras. Cerca de seiscentos congressistas e convidados debateram, ao longo dos dias 28 e 29 de Abril de 2000, a sua “Identidade” e o seu “Território”.
Na sessão solene de abertura, o Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, afirmou peremptoriamente que “com a concretização das novas acessibilidades, abrindo ligações mais rápidas a norte, a sul e também a oeste, como o futuro aeroporto de OTA/ALENQUER, a melhoria das instalações portuárias e a modernização ansiada da linha férrea, o Oeste vai sofrer uma profunda remodelação”. Mais adiante afirmou “que o fundamental neste grande desafio modernizador, é saber como é que as entidades vão trabalhar com o desafio, como vão poder minorar os riscos, antecipar as dificuldades e preparar adequadamente as estruturas para tirar vantagens destas novas oportunidades”.
Congresso programado em diversos painéis temáticos, foi notório o interesse e o entusiasmo dos oradores em tentarem fazer passar a sua mensagem. Algumas ideias ficaram, como por exemplo que “a regionalização não se fez por causa dos votos e dos medos de alguns, mas poder-se-á concretizar no terreno se as pessoas assim o quiserem”. Outro orador defendeu que “a identidade sociológica de uma região, assenta em três pontos essenciais: origem comum, projectos comuns, vivências comuns”. Mais à frente o mesmo orador afirmou que “o Oeste foi-se desenvolvendo à sombra de Lisboa, devido ao grande mercado consumidor que representa. São os produtos que se desenvolvem na nossa zona a principal razão da existência da Região Oeste”.
Andrade Santos, do Gabinete de Estudos Torreenses numa mediática intervenção no I Painel – Identidade e Território, sobre “Oeste, Terra e Imaginário”, afirmou que “o Oeste é uma utopia entre duas solidões” e que “é um território de utopia onde ainda se consegue viver com uma certa qualidade de vida”.
Neste Congresso foi aprovada por aclamação a proposta de alteração da designação da CCRLVT – Comissão Coordenadora da Região de Lisboa e Vale do Tejo, que deverá passar a chamar-se CCRLOVT – Comissão Coordenadora da Região de Lisboa, Oeste e Vale do Tejo.
O Congresso entendeu que o “primeiro passo para a mudança está em projecto” e que “os passos seguintes estão no acreditar que por eles vale a pena lutar”.
Entretanto foi marcado o II Congresso do Oeste, para Março de 2002, em Caldas da Rainha, onde se espera uma certa avaliação dos trabalhos resultantes da dinâmica que agora se projecta.
O concelho de Alenquer esteve notoriamente representado, quer através de todo o elenco camarário como dos presidentes das Juntas de Freguesia, de algumas associações de classe, de algumas individualidades conhecidas e também da comunicação social (Rádio Voz de Alenquer e Jornal D’Alenquer).
VEJA:
– Intervenção de Jacinto Leandro, presidente do Congresso
– Intervenção de António Carneiro, presidente da RTO
– Intervenção de Álvaro Pedro, presidente da AMO
– Intervenção de Jorge Rocha de Matos, presidente da AIP
– Região Oeste: uma realidade que interessa acreditar (editorial)
©Hernâni de Lemos Figueiredo (2000)
diretor do Jornal D’Alenquer
in Jornal D’Alenquer, 1 de Maio de 2000, p. 6
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