Rio Alenquer: Não é fácil ser-se peixe

Rio Alenquer: Não é fácil ser-se peixe

01/06/2000 0 Por hernani

Rio Alenquer

Não é fácil ser-se peixe

No espaço de poucos meses as águas poluídas do rio Alenquer ditaram mais uma vez a sua lei: matar, matar, matar

Mais uma "mortandade" no Rio Alenquer

Mais uma “mortandade” no Rio Alenquer


No dia 26 de Maio a população da Vila acordou com o triste espectáculo de ver centenas de peixes mortos ou a morrer, na pouca água do rio Alenquer. No espaço de poucos meses as águas poluídas do rio Alenquer ditaram mais uma vez a sua lei: matar, matar, matar. Realmente, torna-se extremamente difícil ser-se peixe naquele curso de água. O Homem, na sua “epopeia” devastadora a caminho do progresso, não pára de agredir o meio ambiente que o rodeia. Nos muitos “mirones” que entristecidos viam a mortandade, era convicção comum que mais uma vez “a culpa ia morrer solteira”.
Jornal D’Alenquer ouviu José Augusto Honrado, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Alenquer. Começou por dizer que da outra vez tinham sido pesticidas. Foram algumas empresas fiscalizadas pelo Ministério mas sem qualquer resultado prático, pois não se descobriu o culpado. Desta vez a água não tem a espuma nem os maus cheiros como da outra vez mas enquanto não se receber o resultado das análises feitas pelo Ministério, não se pode avançar com as “causas”. Ainda disse que é muito difícil atacar, de modo eficaz um problema destes, pois se houve algum crime ele foi praticado de noite e em local incerto.
José Augusto vai propor numa próxima reunião de Câmara “para o problema ser atacado de maneira diferente”, isto é: deve ser atacado através da prevenção, recolhendo análises periódicas em data incerta e em pontos estratégicos, que sabem ser os mais críticos. Nem que tenha de pagar as análises do seu bolso, concluiu.

 

Hernâni de Lemos Figueiredo
©Hernâni de Lemos Figueiredo (2000)

Director do Jornal D’Alenquer

in Jornal D’Alenquer, 1 de Junho de 2000, p. 10

 

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