Intervenção de Jacinto Leandro, presidente do I Congresso do Oeste
01/05/2000I Congresso do Oeste
Intervenção de Jacinto Leandro, presidente do Congresso
Este é um grande momento para toda a região Oeste e para todos aqueles que pugnam pela sua promoção e desenvolvimento. Pela primeira vez o Oeste é convidado e desafiado a participar num debate colectivo, organizado por si e a pensar em si, projectando-se estrategicamente para o futuro.
Passados os momentos menos empolgantes na organização deste Congresso, na mobilização das pessoas e vontades, no despertar para os grandes desafios, vencidos os obstáculos da inércia e do sentimento de que são os outros que têm obrigação de fazer, eis-nos chegados aqui. A vossa presença é sinal de que algo está a mudar e que as mentalidades curtas e egoístas, que têm limitado o abraçar comum de novos e grandes projectos de desenvolvimento, estão em decadência.
A presença de Sua Excelência o Senhor Presidente da República, que aproveito para penhoradamente agradecer, é sinal também de reconhecimento do potencial e da importância desta região, mas encerra igualmente uma responsabilidade acrescida para o futuro.
Responsabilidade de todos individualmente, das organizações, das empresas, das instituições e da própria ADRO enquanto nova forma de organização da região que o governo em boa hora patrocinou e, estamos convictos, continuará a apoiar. O trabalho realizado até agora, o profissionalismo, a isenção e o sentido claro de missão têm granjeado à Agência o reconhecimento do estatuto regional de entidade congregadora de vontades comuns dentro de sensibilidades diversas, que no fundo são a característica dominante da nossa região.
A ADRO tem assim, portas dentro, as condições necessárias para concretizar a sua missão que é “promover o desenvolvimento”. Pretende-se é que o governo e o órgãos desconcentrados da Administração central continuem aquilo que começaram e contratualizem com a agência a implementação dos projectos que a região carece, e pretende-se igualmente que os actores locais se revejam e participem na sua agência.
A regionalização não se fez por força do voto e dos medos de alguns, mas pode existir no concreto e por toda a parte se os agentes assim assumirem. Operar deste modo é concretizar no terreno aquilo que todos desejam sem criar clivagens desnecessárias.
… Lutamos por um desenvolvimento harmonioso que preserve a nossa ruralidade, mas que permita às nossas gentes novas oportunidades.
A sociedade de informação e do conhecimento tem que estar ao nosso alcance pois é a grande arma que temos para disponibilizar às pessoas contra o atraso estrutural de sempre.
… A propósito do novo Aeroporto da Ota, ontem mesmo decidido e anunciado pelo Governo, não posso deixar de me regozijar pelo alcance e consequências de tal decisão para o futuro de toda a região.
… Reconhecer qualidades às gentes do Oeste obriga também a proporcionar-lhes os meios necessários para exprimirem essas capacidades.
… Que este I Congresso seja um primeiro grande passo para a afirmação do Oeste e assunção de uma nova organização e dinâmica regional, é nosso maior desejo o repto que lançamos a todos.
… É-me grato comunicar desde já que o II Congresso do Oeste terá lugar, dentro de dois anos, na cidade de Caldas da Rainha.
©Hernâni de Lemos Figueiredo (2000)
diretor do Jornal D’Alenquer
in Jornal D’Alenquer, 1 de Maio de 2000, p. 7
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