Entrevista a… António Rodrigues Guapo

Entrevista a… António Rodrigues Guapo

01/11/2000 0 Por hernani


Em Olhalvo, fazia coisas com os “seus meninos”, que o encantava; hoje encara a escola com um certo desencanto

Entrevista a… António Rodrigues Guapo

«A escola era um mundo de sortilégio e tinha coisas que maravilhavam as crianças; tinha novidades, e hoje a criança não necessita delas. Hoje a criança não vai encontrar na escola livros mais interessantes dos que tem em casa, onde tem um televisor ou um computador que lhe diz muito e, na escola, tem um quadro negro, que só por grande insistência do professor, o faz aproximar dele. A escola tem vindo a perder, face a um adversário tremendo que é a vida paralela que corre ao lado e que nada ter a ver com o que se passa dentro da sala de aula».

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Tal como o homem sem memória se destrói e se degrada, também a sociedade que despreza a sua herança cultural, não pode evoluir nem preparar o seu futuro”. Quando, por toda a parte começou o despertar do gosto pelas histórias locais, pela arte e pelas tradições, associado a uma consciência da urgente necessidade de inventariar, preservar e divulgar todos esses valores, talvez sensibilizados com este pensamento de Alexandre Herculano, uns quantos alenquerenses mostraram-se interessados em preservar e elevar a “memória” do nosso concelho. O prof. Guapo, faz parte desse restrito grupo de pessoas.

Que recordações tem da sua infância?
Há um facto muito importante que marcou a minha infância. Tinha apenas três anos de idade e estava a viver junto à raia, quando, no auge da guerra civil espanhola, vi muitos refugiados, republicanos espanhóis necessariamente, que fugiam à guerra. As prisões que ali se fizeram, os boatos que correram, os “medos” da população, os clarões intensos provocados pelos fortes bombardeamentos no violentíssimo ataque das tropas nacionalistas a Badajoz, marcaram indubitavelmente a minha infância. No entanto, só posteriormente, como adulto, e quando li a célebre reportagem do jornalista português Mário Neves, que fala daquela guerra, é que tomei consciência daquele massacre. Mais tarde, aparece em Portugal, um livro de Hugh Thomas, que se debruça de uma maneira séria sobre a “Guerra civil de Espanha”. Foi a grande revelação dos anos sessenta. Aí, identifiquei-me com tudo o que tinha presenciado na minha infância. Hoje, sou um homem altamente interessado com tudo o que diga respeito à guerra civil espanhola. Em termos históricos, continua a ser um tema muito interessante.

Quando se fala do Prof. Guapo, fala-se em historiador e investigador. Como se sente?
Ser-se historiador, é preciso ter uma dimensão cultural que eu não tenho. Remeto-me para uma posição de um autodidacta que sempre fui, e aquilo que se poderá dizer eventualmente é intitular-me como “estudioso”. Sou fundamentalmente um estudioso da história local. Isso sou.

Mas é investigador?
Sim, mas as minhas investigações têm sido muito modestas. Estou constantemente a aprender coisas sobre esta terra. É um manancial tão fecundo, que em cada dia que passa há sempre uma referência nova que se acrescenta e penso que nunca estará completo o painel da História local deste concelho, tão rico ele é, tão fecundo, tão significativo nas suas dimensões.

Como surgiu o interesse pela história local?
Sempre fui um apaixonado por história, sempre me fascinou, sempre foi qualquer coisa que me interessou desde miúdo e, enquanto estudante, era uma das cadeiras que me interessava mais. Não há dúvida que a terra, as pessoas e a sua história, interessaram-me desde logo e de imediato me apercebi que Alenquer era um mundo de interesse para a História local e foi esse o factor principal para a motivação a escrever sobre Alenquer. Provavelmente, três quartas partes do que tenho escrito, será sobre Alenquer.

Daí a ideia de publicar “O Concelho de Alenquer”?
GE11-Entrevista a... António Rodrigues Guapo-4Por uma necessidade de passar ao papel coisas que andavam dispersas na minha mente, assim como nas do Prof. António Melo e do Padre José Eduardo, nasceu o primeiro dos quatro volumes da colectânea “O Concelho de Alenquer, Subsídios para um Roteiro de Arte e Etnografia”. Foi projectado e levado à sua publicação final, em poucos meses. O primeiro volume foi feito num tempo recorde, de 4 a 5 meses. Eram informações, eram noções, que quaisquer uns de nós, autores, tinham. A partir desse primeiro número, tivemos que nos debruçar, de uma maneira muito mais profunda sobre os assuntos. E aí, começam a surgir algumas investigações.

Qual a investigação que o surpreendeu mais?
São investigações modestas, é certo, nomeadamente as que foram feitas, no domínio das quintas e dos conventos, mas existe a consciência que em certos assuntos, foram inteiras novidades. Estou a lembrar-me do Convento de Charnais, sobre o qual, as poucas informações que havia eram as do Guilherme Henriques e mesmo essas, extremamente reduzidas. E foi através de documentação da Torre do Tombo que foi possível pôr de pé a história da fundação e dos primeiros anos do convento. Uma outra investigação, também interessante, não pela sua importância, foi precisamente a história do Pedro Álvares Cabral, senhor ou não da Quinta do Rocio, na Cortegana. Chegamos à conclusão que afinal essa proposta resultava apenas duma leitura incompleta de um documento da chancelaria de D. Manuel. A conclusão é que se refere a uma outra Quinta do Rocio, em Santarém. Também existem coisas interessantíssimas sobre as quintas, como por exemplo, o que se pode chamar a “ascensão e queda da Quinta das Antas.

Também se dedica ao teatro?
GE11-Entrevista a... António Rodrigues Guapo-5Já em Lisboa, como estudante, estive ligado a um teatro experimental; depois interessei-me pelo cinema e daí, estar muito ligado a estas artes cénicas. Quando cheguei a Alenquer, passados três anos, fixo residência em Olhalvo, e por uma série de circunstâncias, inclusive ter sido director de uma colectividade (SFO), levou-me a fazer uma das primeiras tentativas de teatro amador. As pessoas realmente gostam de teatro amador. Trabalhei aí, duas ou três peças em Olhalvo. Depois fixei residência aqui em Aldeia Gavinha e continuei com a mesma tarefa de fazer teatro amador.

Aqui em Aldeia Gavinha, existe o Grupo Cénico Palmira Bastos, a Adiafa, o Rancho Folclórico e “Os Reunidos”. Como é que um lugar tão pequeno consegue ter esta actividade toda?
Já pertenci, durante alguns anos, aos corpos sociais dos “Reunidos”. Por experiências anteriores, sempre pensei que era útil que o Grupo Cénico deveria ter uma certa autonomia e não estar sujeito à disponibilidade, ou à falta dela, das pessoas. Apesar de haver um interesse muito grande da parte dos Reunidos em integrar o Grupo Cénico, entendemos que assim estávamos melhor, muito embora o grupo tenha as melhores relações institucionais com os Reunidos. A Adiafa nasce no seio do Grupo Cénico, enquanto o rancho está ligado aos Reunidos.

Como vai a “Casa-Museu Palmira Bastos”?
Tem sido muito visitada, mas existe um problema complicado, que são os sábados e domingos, pois como quem está a dar apoio é o pessoal da Junta de Freguesia, este espaço está encerrado aos sábados e domingos. Tenho um sonho, ainda não concretizado, e dele já falei à presidente da Junta, que é criar um núcleo de dois jovens locais, para assegurar a abertura da Casa nesses dois dias, mediante um pagamento assumido pelo IEFP. Penso que esta ideia, será eventualmente bem recebida pelo Instituto de Emprego.

De onde vem o seu gosto do trabalho com crianças?
Hoje, por vezes, encaro a corrida dos candidatos ao ensino, duma maneira um pouco diferente como eram encaradas no meu tempo. Quando comecei, ia-se para professor por vocação. Era o gosto de ensinar; era o gosto de estar com as crianças. Foi isso que motivou a minha ligação ao ensino. Lisboa foi dos primeiros lugares que concorri; depois passei por Olhalvo, onde trabalhei perto de trinta anos, até 1974/75. Entretanto, nessa altura, fui convidado para integrar uma equipa de “formação contínua”, ligada ao Ensino Básico, em Lisboa e aí mantive-me durante uns anos, até que, por razões políticas, fui exonerado do cargo. Depois abracei uma outra actividade: estive integrado num grupo de apoio às “dificuldades de aprendizagem” e, mais tarde, num projecto interministerial (PIPSE), onde fiz a coordenação concelhia. Sempre a trabalhar com crianças. Por fim, reformei-me. Desde 1/1/1993, estou a colaborar na Câmara Municipal de Alenquer, como assessor nas áreas da cultura e do ensino.

GE11-Entrevista a... António Rodrigues Guapo-6Professor, investigador-estudioso, e sei lá que mais. Se não fosse isto tudo, o que gostaria de ser?
Fundamentalmente gosto de ser professor. Por vezes cai-se no erro de transformar toda a nossa vida numa “cátedra de ensino” e, sem darmos conta, encontramo-nos a ensinar coisas às pessoas, e isso é mau. Mas, visceralmente sou professor. Havia uma disciplina que me cativava particularmente, em termos didácticos. Hoje chama-se o “estudo do meio”: era a antiga geografia, as ciências naturais. Para além de ensinar os nomes dos rios, das linhas férreas, das serras, etc., ali em Olhalvo, fazia coisas com os “meus meninos”, que me encantavam. Aproveitando as inevitáveis poças provocadas pela chuva, fazíamos, junto a essas poças de água, representações da geografia: cabos, baías, lagos, etc.

Hoje, o seu contacto com as crianças é para mitigar a nostalgia desse tempo?
Não há dúvida que tenho uma grande nostalgia desse tempo. Nós, professores, os mais velhos, costumamos dizer que hoje as crianças são diferentes, e são na realidade. Há qualquer coisa que se modificou. Antes, eram mais interessadas. A escola era um mundo de sortilégio e tinha coisas que os encantavam; tinha novidades e, hoje a criança, não necessita delas. Hoje a criança não vai encontrar na escola livros mais interessantes dos que tem em casa, onde tem um televisor ou um computador que lhe diz muito e, na escola, tem um quadro negro, que só por grande insistência do professor, o faz aproximar dele. A escola tem vindo a perder, face a um adversário tremendo que é a vida paralela que corre ao lado e que nada tem a ver com o que se passa dentro da sala de aula. As alterações sociológicas que se têm verificado nos últimos anos, tem modificado o comportamento das crianças. Uma certa crise de relacionamento entre pais e filhos e entre professores e alunos, tem criado atritos que, realmente alguns deles, são de difícil solução. Hoje encaro a escola com um certo desencanto.

Quais são as suas preferências literárias?
O livro que mais me interessa é o “ensaio” e dentro deste estilo, a vertente história é a minha preferida. Mas o meu grande “hobby” como leitor, é a “História da Arte”.

Talvez por isso, o seu empenho na “Bienal”?
Sim, com certeza. Leio muito “história de arte” e também passei pelas belas-artes, por isso sou um interessado. Este ano e por insistência do João Mário, vou apresentar dois quadros meus na “II Bienal”.

Que obras tem publicadas?
Enquanto professor, estive ligado a duas editoras, numa das quais fui co-fundador. Tenho cerca de quinze títulos publicados, de obras didácticas; tenho também publicações dispersas por algumas revistas temáticas, ligadas ao ensino. Depois, tenho outros livros, dedicados ao concelho de Alenquer.

Quais os seus autores preferidos?
Procuro estar mais ou menos atento ao que se publica e sou um razoável consumidor de certa poesia espanhola. Garcia Lorca, apesar de algumas incursões no teatro, fundamentalmente é um poeta e foi ele que me levou a descobrir a outra poesia, de uma determinada linha. O “Romanceiro Cigano” e “Um poeta em Nova Iorque”: são livros que releio com frequência.

É muito viajado?
Nos últimos anos tenho feito algumas viagens que geralmente poucas pessoas fazem. Vou a museus e galerias de Arte. Há dois anos atrás, fui à procura da Provença francesa, a propósito de Van Gogh e de Cézanne. As minhas viagens são pequenas peregrinações.

É reconhecido o seu passado com uma intensa actividade política. Afastou-se por desilusão com as pessoas, por cansaço, ou deve-se a outro motivo qualquer?
Na realidade, estive cerca de vinte anos na política, desde o início de 1974, e desde as primeiras eleições, fiz parte da Assembleia Municipal e fui procurando cumprir as minhas funções, sempre com uma grande atenção aos problemas culturais. Nunca abdiquei dessa minha preocupação, interessando-se mesmo pela vida cultural deste concelho. Digamos que era essa a minha área de acção. Enfim, passados vinte anos, entendi que já tinha dado realmente muito tempo à causa pública. Um certo cansaço também: o facto de morar longe, as deslocações à noite, tornavam-se um bocado complicadas e, realmente, entendi por bem, prescindir da minha posição e, nas eleições seguintes, já não concorri. Deixei o lugar aos mais novos.

Já me têm perguntado porque razão o Professor não foi convidado a colaborar no Jornal D’Alenquer.
Isso é falso, pois já várias vezes me convidou. Concretamente já me fez algumas propostas e, da maneira mais diplomática e gentil, fui adiando. Pode ter a certeza que um dia, terei muito gosto em colaborar, principalmente em assuntos que me são gratos e que ainda não foram tratados, como o assunto que me propôs que é sobre a “Embaixada portuguesa ao Papa Leão X, no século XVI”. É um tema interessantíssimo. Por acaso estou a ler um livro (estava mesmo a lê-lo quando cheguei a sua casa) que se chama “O Rinoceronte do Papa”, de Lawrence Norfolk e que trata do rinoceronte que o rei D. Manuel ofereceu ao papa. Este rinoceronte foi desenhado por Dürer, o mesmo que gravou Damião de Goes. Infelizmente temos pouca informação sobre essa embaixada e a única até agora possível é a que nos deixou Damião de Goes na “Crónica do Felicíssimo rei D Manuel” e essa edição está esgotadíssima. A Biblioteca de Alenquer tem um só exemplar, não em muito bom estado e seria uma boa obra desta Câmara a publicação de uma nova edição, aproveitando as comemorações dos 500 anos do nascimento do humanista alenquerense. Sobre Palmira Bastos, quando foi da inauguração deste “Espaço-Memória””, era importantíssimo que o grupo cénico local fizesse qualquer coisa e ocorreu-me a ideia de forjar uma “entrevista” e apresentá-la como uma encenação. Trabalho elaborado por mim, embora com o apoio de textos históricos. Acontece que os textos da peça estão dispersos. Eu tenho aqueles que me diziam respeito; a artista que representou Palmira Bastos, tem os textos que lhe diziam respeito a ela. De modo que vou juntá-los para “A entrevista” ser publicada no Jornal D’Alenquer, aliás como já mo solicitou logo após a sua representação.

QUADROS
Pergunta inocente – Alenquer.

    Realmente é aquela terra linda que todos nós conhecemos, mas penso que valerá a pena, num quadro imediato, investir mais no seu embelezamento. Sei que, neste momento, existe uma convergência de vontades nesse sentido, mas, atrevia-me a perguntar: para quando uma melhor iluminação da Vila? para quando uma melhor recuperação das fachadas dos prédios? para quando um rio mais próximo das pessoas que ali vivem e que hoje são afastadas dele, pelo automóveis que são colocados junto às suas bermas? (nota: este quadro não foi publicado na edição impressa por falta de espaço).

Espírito Santo

    Apesar de conhecer a teoria de Benavente, para mim o “Espírito Santo” terá nascido em Alenquer. Não só a coroação como, inclusive, o início do culto.

Droga

    É um dos grandes flagelos sociais dos nossos tempos. Se pensarmos que a juventude tem atracção pelo desconhecido e isso já é mau, a apetência dos jovens para a droga, é um problema complicado e de solução desconhecida. A complicar mais, é o infame negócio que lhe está subjacente. Não é um negócio pelos métodos tradicionais, mas sim pela infiltração de agentes no seio dos grupos sociais, que aí usam dos mais imaginativos meios para aliciar as pessoas para o consumo.

AUTORES PREDILECTOS
Clássicos:

    Camilo Castelo Branco
    Eça de Queirós
    Fialho de Almeida
    Ramalho Ortigão

Contemporâneos:

    Aquilino Ribeiro
    Alves Redol
    José Régio
    Virgilio Ferreira
    Miguel Torga
    Cardoso Pires
    Fernando Namora
    José Saramago
    Manuel da Fonseca
    Lidia Jorge
    Mário de Carvalho
    Fernando Campos
    Jorge Amado
    Euclídes da Cunha
    E. Veríssimo

Poetas

    Sofia de Melo Brayner
    José Gomes Ferreira
    David Mourão Ferreira
    Fernando Pessoa
    Florbela Espanca

Poetas espanhóis

    Rosalia de Castro
    António Machado
    Juan Ramon Jimenez
    Frederico Garcia Lorca



Guapo_100x120PERFIL
António Rodrigues Guapo
Nasceu a 31 de Maio de 1933, em Barbacena, concelho de Elvas.




HABILITAÇÕES LITERÁRIAS:
Curso Geral de Liceus; frequência de dois anos da Escola de Belas Artes – Lisboa.

HABILITAÇÕES PROFISSIONAIS:
Curso da Escola do Magistério Primário – Lisboa.

ACTIVIDADES PROFISSIONAIS:
Professor na Escola nº12, Lisboa – 1953/54;
Professor na Escola nº74, Lisboa – 1956;
Professor na Escola de Olhalvo (Alenquer) – 1956/66;
Professor do Ciclo Complementar de Olhalvo (Alenquer) – 1966/76;
Nomeação para o Serviço Cívico Estudantil – Lisboa – 1976
Destacamento para a Direcção Geral do Ensino Básico de Lisboa para integrar uma equipa técnica destinada à formação contínua dos professores do Ensino Primário – 1977/80. Nessa equipa desenvolveu actividades nos sectores “Meio Físico e Social” e “Documentação audiovisual/cinema”.
Professor na Escola de Alenquer e Paredes (Alenquer): 1980/82
Nomeado para a equipa concelhia do Serviço de apoio a dificuldades de aprendizagem (S.A.D.A.) – Alenquer – 1989;
Eleito para o Grupo concelhio do Programa Ministerial de promoção do sucesso educativo (P.I.P.S.E.). Alenquer – 1989/92;
Contratado pela Câmara Municipal de Alenquer para assessor na área da Cultura e do Ensino – Desde 1993;

COLABORAÇÃO NA IMPRENSA ESCRITA:
Co-fundou o “suplemento” de artes e letras do Jornal “Badaladas”, de Torres Vedras, onde escreveu assiduamente sobre temas de arte e etnografia.
Tem artigos dispersos noutros jornais regionais do Fundão e Alenquer.
Co-fundador do “Jornal de Alenquer” de que foi colaborador assíduo.

COLABORAÇÃO NA RÁDIO
1990 – Diálogos sobre a história de Alenquer (10 programas quinzenais).
1993 – “As pedras e a memória” (15 programas quinzenais).

CONDECORAÇÕES:
Em 10 de Junho de 1993, foi agraciado com a Medalha de Mérito, grau prata, da Câmara Municipal de Alenquer.

OUTRAS ACTIVIDADES:
Está ligado à vida associativa do concelho de Alenquer:
Foi durante alguns anos director e depois presidente da Assembleia Geral da Sociedade Filarmónica Olhalvense.
Aí fundou o Centro Cénico Olhalvense” que teve sob a sua orientação uma actividade que durou alguns anos.
Em Aldeia Gavinha pertenceu aos corpos gerentes dos Reunidos, onde fundou o Grupo Cénico Palmira Bastos, que ainda orienta;
Integrou e dirigiu o Grupo de Trabalho que instalou o “Espaço-Museu” Palmira Bastos.
Pertenceu aos cargos gerentes da A.D.L. – Associação de Desenvolvimento Local – Aldeia Galega.

ACÇÕES DE FORMAÇÃO EM QUE PARTICIPOU COMO DINAMIZADOR:
Abril de 1982 – Coimbra – “Estudo do Meio – Uma experiência no meio Rural”
8 de Maio de 1984 – Peniche – “O estudo do Meio – Um testemunho”
25 de Setembro de 1985 – Torres Vedras – “Alguns aspectos do estudo do Meio”
22 de Setembro de 1986 – Portimão – “Um projecto do estudo do Meio”
22 de Julho de 1992 – Oeiras – “A evolução Curricular no Ensino Primário”

CONFERÊNCIAS QUE PROFERIU:
Maio de 1959 – Câmara Municipal de Alenquer: “Arte Moderna – uma tentativa de sistematização”.
31 de Janeiro 1967 – Sporting Clube de Alenquer: Técnicas audiovisuais no ensino.”
Abril de 1980 – Câmara Municipal de Alenquer: “O humanista Damião de Goes em Alenquer”
Dezembro de 1989 – Câmara Municipal de Alenquer: “O centro histórico de Alenquer”
Abril de 1990 – Escola C+S de Merceana: “A freguesia de Aldeia Galega no tempo e no espaço”
Maio de 1991 – Sociedade Filarmónica Olhalvense: ”Alguns subsídios para a história da freguesia”
Junho de 1991 – Telescola da Abrigada: “Abrigada, o seu passado”
19 Maio de 1992 – Escola P3 do Carregado: “O lugar do Carregado na história”
10 Abril de 1993 – Centro Social, Desportivo e Recreativo de Ota: “Património rural de Ota”
5 de Novembro – Galeria Museu – Alenquer: “A Paisagem na Pintura”.

CONGRESSOS:
14 A 21 de Outubro de 1978 – 1º Congresso Internacional de Educação Mesológica (Conselho da Europa) – Estoril (Em representação do Ensino Primário).
10 a 20 de Outubro de 1980 – 1º Congresso de Educação Ambiental e Cultural Insular (Conselho da Europa) – Canárias – (Convidado pela Universidade Central de Madrid).

ENCONTROS:
III Encontro Nacional de Associações de Defesa do Património, Torres Vedras – 1 a 4 de Abril de 1982. Apresentou comunicação: “Divulgação local do património – um projecto em marcha”.
I Encontro regional do Sul sobre património, Setúbal – 28 a 30 de Outubro 1983. Apresentou comunicação: ”O pintar e o cantar dos reis no Concelho de Alenquer”.
V Encontro sobre leitura para crianças, Lisboa – Novembro 1984
I Encontro Internacional de Municípios com centro histórico, Beja – 28 Outubro a 1 de Novembro de 1988.

OBRAS PUBLICADAS DE NATUREZA DIDÁCTICA:
Linhas Cores e Formas – (Básica Editora) – 1974.
Ciências Geográfico-Naturais – (Básica Editora) – 4ª Classe – 1976.
História (Básica Editora) – 4ª Classe – 1976.
Eu sou um caderno que fala I – (Meio Físico e Social) Básica Editora 1977.
Eu sou um caderno que fala II – (Meio Físico e Social) Básica Editora 1977.
Eu sou um caderno que fala – Anexo (Meio Físico e Social) Básica Editora – 1977.
Meio Físico e Social (Básica Editora) – 2ª Fase – 1ºAno – 1980.
Meio Físico e Social (Básica Editora) – 2ª Fase – 2º Ano – 1980.
Meio Físico e Social e Saúde (Básica Editora) – 2ª Fase – 1ºAno – 1981.
Meio Físico e Social e Saúde (Básica Editora) – 2ª Fase – 2ºAno – 1981.
Perspectiva Histórica de Portugal – (Plátano Editora) – 1987.
Caderno de Fichas – (Plátano Editora) – 1987.
Meio Físico e Social – (Plátano Editora) – 3º Ano – 1987.
Meio Físico e Social – (Plátano Editora) – 4º Ano – 1987.

OUTRAS OBRAS PUBLICADAS (em colaboração):
O Concelho de Alenquer (subsídios para um Roteiro de Arte e Etnografia) – CMA, 1º volume – 1984
O Concelho de Alenquer (subsídios para um Roteiro de Arte e Etnografia) – CMA, 2º volume – 1985
O Concelho de Alenquer (subsídios para um Roteiro de Arte e Etnografia) – CMA, 3º volume – 1986
O Concelho de Alenquer (subsídios para um Roteiro de Arte e Etnografia) – CMA, 4º volume – 1987
Estudos de Alenquer, CMA, 1º. Volume, 1997 (redacção)
Damião de Goes, uma antologia de textos biográficos – CMA – 1º volume – 2000

ACTIVIDADES OU CARGOS:
Director da Escola de Paredes (Alenquer).
Responsável concelhio do Serviço de Apoio a Dificuldades de Aprendizagem.
Coordenador concelhio do Programa Interministerial de Promoção do Sucesso Educativo (Alenquer).
Membro do Conselho Pedagógico do Centro de Apoio de Alenquer, de que foi fundador.
Membro da Comissão de Arte e Arqueologia da Câmara Municipal de Alenquer (1968-1974).
Elemento do Grupo Instalador e Fundador do “Museu Arqueológico Hipólito Cabaço” de Alenquer (1974/75).
Elemento do Grupo Fundador da associação de Defesa do Património de Alenquer de que é actualmente vice-presidente.
Presidente da Assembleia Geral da Federação Nacional de Associações de Defesa do Património (FADEPA).
Candidato à Assembleia Constituinte em Dezembro de 1976.
Elemento da Comissão Organizadora da Exposição “O Trabalho e as Tradições Religiosas do Distrito de Lisboa (1991).
Vogal Consultivo do Instituto Português do Património Cultural (1986-1990).
Integrou a Comissão Instaladora do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, foi membro dos Corpos Gerentes daquela instituição e durante alguns anos Delegado Sindical no Concelho de Alenquer.
Entre 1976 e 1996 foi membro da Assembleia Municipal de Alenquer, integrando o grupo da CDU.



Hernâni de Lemos Figueiredo
©Hernâni de Lemos Figueiredo (2000)

diretor do Jornal D’Alenquer

in Jornal D’Alenquer de 1 de Novembro de 2000, p. 27 a 29


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