À glória de um autor tão internacional como Damião de Goes

À glória de um autor tão internacional como Damião de Goes

01/02/2000 0 Por hernanifigueiredo

Ao aproximar dos 500 anos do seu nascimento, Damião de Goes é aqui relembrado. A sua vida e a sua obra merecerão a realização de umas “Comemorações Nacionais”.

À glória de um autor tão internacional como Damião de Goes

“Deus todo-poderoso. Fui outrora Damião de Goes, fidalgo português. Peregrinei por toda a Europa em negócios do Estado. Entreguei-me a actividades guerreiras e aos labores da Musa. Príncipes e homens doutos foram os meus amigos. Agora em Alenquer, onde nasci, a minha campa há-de ficar até ao revivicar das cinzas”

(Em 1560 Damião de Goes compôs esta inscrição para a sua campa)

Gravura em cobre atribuída a Albert Dürer


Gravura em cobre atribuída a Albert Dürer

Apesar da imensa informação existente, escrever sobre Damião de Goes é extremamente difícil. Que acrescentar ao que já foi escrito por grandes investigadores do humanista português como por exemplo Joaquim de Vasconcellos, Mário Brandão, Luis de Matos ou Joaquim Veríssimo Serrão? Marcel Battailon fez um estudo em dois ensaios do seu livro “Etudes sur le Portugal au temps de l’Humanisme” e mesmo Amadeu Torres é autor de uma obra em dois volumes acerca da sua epistolografia, assim como Jean Aubin que fez o estudo “Damiao de Gõis dans une Europe evangélique”. Todos eles grandes estudiosos de Damião de Goes. E que dizer do nosso Guilherme Henriques onde os investigadores vindouros foram beber informação?

Trabalho sem qualquer pretensão científica, foi o aproximar dos quinhentos anos do seu nascimento que me motivou a fazê-lo e apesar da dificuldade, decidi avançar agora por ser o mês em que nasceu.

Damianus a Goes nr 1, publicação editada em 1941 pelo “Grupo Amigos de Alenquer” (Biblioteca de Alenquer), Orlando Neves (com um “site” na InterNet) e a americana Elisabeth Feist Hirsch (Biblioteca do Carregado), foram as minhas fontes para o ensaio que se segue. Tenho que agradecer ao “Representante” de Damião de Goes, Senhor Eng.º Francisco Vaz Monteiro de Goes du Bocage que amavelmente me recebeu na sua residência e me facultou “documentos de família” que me facilitaram imenso este trabalho.

Gomes Dias de Goes, de Alenquer, primeiro ao serviço do rei D. Fernando I e por fim ao serviço do rei D. João I, esteve com o Infante D. Henrique a combater debaixo da abóbada da porta de Alcácer de Ceuta, quando os portugueses a conquistaram aos mouros em 21 de Agosto de 1415. É assim que na Crónica da Tomada de Ceuta, Azurara nos relata este feito heróico do bisavô de Damião de Goes.

Do seu casamento com Brites Vaz de Lemos teve um filho chamado Lopo Dias que por desgosto do pai o não deixar ir combater para Tanger em 1437, deixou de usar o apelido Goes. Casou com Maria Dias de Almazan e teve um filho chamado Ruy Dias de Goes, escudeiro, cavaleiro fidalgo e almoxarife em Alenquer da rainha D. Leonor, viúva do rei D. João II e irmã do rei D. Manuel I. Casou em quartas núpcias com Isabel Gomes de Limi, natural da nossa Vila e descendente de Nicolau de Limi, fidalgo flamengo que se estabelecera em Portugal. Morreu em Alenquer a 30 de Novembro de 1513 e jaz na Igreja de São Francisco. Fruto deste casamento, nasceu o grande humanista.

Damião de Goes, fidalgo cavaleiro da Casa Real, Comendador da Ordem de Cristo, Guarda-Mor da Torre do Tombo, Cronista do Reino, embaixador em vários reinos da Europa, músico amador, epistológrafo, escritor, humanista e tradutor, nasceu em Alenquer, em 1502 e, somente com nove anos, vai para a corte. Ali assiste às explorações portuguesas, e a atmosfera de paixão pelos Descobrimentos teve na sua juventude uma influência muito forte.

A época é um período apaixonado mas muito complexo da história espiritual da Europa. Assiste nos bastidores à preparação da fabulosa embaixada ao Papa Leão X, a Roma, chefiada por Tristão da Cunha, sepultado em Olhalvo; está entre os que velam a agonia de D. Manuel I; convive com os mais renomados fidalgos, homens de armas e marinheiros; conhece Gil Vicente e todos os poetas admitidos na corte, como Pedro Andrade Caminha, o inimigo de Luís de Camões; sabe que Afonso de Albuquerque conquista Goa em 1510; ouve falar da excomunhão de Martinho Lutero em 1520; que Desidério Erasmo publica o Elogio da Loucura; que Carlos V entra em Espanha; que Inácio de Loyola é ferido no cerco de Pamplona; verificou que através de explorações heróicas de terras distantes e de perigosas rotas marítimas, Portugal transmitiu a muitos humanistas a febre dos Descobrimentos e viu surgir o Humanismo português do século XVI (Influência vital portuguesa na sede humanística do saber).

Acreditava que os acontecimentos históricos eram o resultado da livre actuação do homem, por isso admirava a coragem, o espírito de iniciativa e a capacidade de resistência dos grandes dirigentes da aventura ultramarina e, como historiador, seguindo na mesma linha de Fernão Lopes, Gomes Eanes de Azurara e Rui de Pina, tinha plena consciência de estar a ser testemunha dum processo histórico em evolução.

Como verdadeiro fidalgo da Renascença, vivia faustosamente, para o que concorria não só a sua riqueza individual, os proventos da Torre do Tombo, como as fartas recompensas que recebia pela conclusão da célebre “Chronica do Felicissimo Rei Dom Emanuel”.

Exerceu os mais altos cargos em nome do seu país, foi estimado e admirado em várias cortes europeias, louvaram-no cardeais, escritores, teólogos, políticos, reformistas e humanistas e foi um intermediário na vinda para Portugal de objectos artísticos valiosos, incluindo pinturas e imagens sagradas. No Convento de São Francisco, em Alenquer, existe um relógio de Sol, oferecido por si.

Inácio de Loyola foi propositadamente de Veneza a Pádua para se desculpar do comportamento desrespeitoso de Simão Rodrigues para com Damião de Goes, ficando ele e os companheiros hospedados na sua casa.

O problema da conversão forçada dos Judeus, pouco depois da subida ao trono de D. Manuel I, mereceu-lhe páginas muito nobres de simpatia pelas vítimas e de, cautelosa ainda que franca, discordância da atitude real. Considerou que a expulsão e conversão forçada dos Judeus foi, de facto, injusta, nefasta para o interesse do país e de dramáticas consequências históricas.

Nunca deu o seu acordo de facto, à doutrina de Lutero, embora tenha desejado, por legítima curiosidade de humanista, conhecer a fundo as razões religiosas do afastamento de Roma por parte dos evangélicos alemães.

As confissões arrancadas sob a ameaça da tortura no processo inquisitorial não revestem, para si, qualquer valor.

Em 1545 é denunciado ao Tribunal do Santo Ofício por Simão Rodrigues, “testemunha legalíssima e sem nada que se lhe possa apontar”, mas o seu prestígio, por toda a Europa, mesmo entre luteranos e católicos de nomeada, impede que se ouse levar adiante uma queixa que, não admiraria, iria terminar em auto-de-fé, e os Inquisidores não dão andamento à acusação durante mais de vinte e cinco anos.

Finalmente em 1572, ano em que Luís de Camões publicou os Lusíadas, Damião de Goes é preso e condenado a prisão perpétua no mosteiro da Batalha. Com 69 anos está prisioneiro e sem saber do que o acusam. Sente-se muito velho e doente, tão cheio de feridas e sarna “por todo o corpo que me falta pouco para me julgarem leproso e quase não tenho já forças para me suster sobre as pernas”. Está no silêncio, na incomunicabilidade: “peço-lhes que me mandem emprestar um livro em latim para ler, qual lhes parecer, porque estou apodrecendo de ociosidade e com o ler se me passam muitos pensamentos”.

Damião de Goes, o representante dos homens esclarecidos do seu tempo, morre a 30 de Janeiro de 1574 na sua casa de Alenquer, segundo parece, assassinado. Os seus restos mortais estão na Igreja de São Pedro, em Alenquer

Em 1560 Damião de Goes compôs uma inscrição para a sua campa:

“Deo optimo. Damianus Goes eques Lusitanus / Olim fui. Europam Universam rebus / Agendis peragravi. Martis varios casus / Laboresque subivi Musae. Principes doctique / Viri Merito me amarunt. Modo alanokercae / Ubis natus sum hoc Sepulchro condor / Donec pulverem hunc / Excitet dies illa / Obiit anno salutis 1560”

 

Percurso de Damião de Goes

1502 – Em Alenquer, presumivelmente na Quinta do Barreiro, nasceu Damião de Goes.

1511 – Entrou para o Paço da Ribeira como pajem do rei D. Manuel I onde o seu meio-irmão Frutuoso de Goes já servia como camareiro.

1523 – D. João III envia-o para a Flandres como secretário da Casa da Índia (Feitoria de Antuérpia), onde contactou com negociantes, príncipes, reis, pensadores, reformistas e humanistas.

1528 – Vai a Inglaterra.

1529 – Partiu de Antuérpia para Dantzig, Vilna, Posen e Cracóvia.

1530 – Regressou a Antuérpia e visitou Amesterdão.

1531 – Como embaixador especial, visitou a Polónia onde tratou do casamento do Infante português D. Luis com a Princesa Helwiges, filha de Segismundo I, casamento que não se chegou a efectuar.
De novo ao serviço do rei D. João III, foi às Cortes do rei Frederico da Dinamarca; passou por Witemberg onde conheceu Martin Lutero e Filipe Melanchton;
Organizou uma expedição particular ao rio Don.
Estudou em Pádua e relacionou-se com Bembo e Sadoletto.

1532 – Estudou na Universidade de Lovaina e traduziu para latim Legatio Magni Indorum Imperatoris Presbytery Joannis ad Emanuelem Lusitanieae Regem in 1513, Livro da Embaixada do Imperador da Etiópia a D.Manuel I, seguindo depois para Friburgo onde conhece Desidério Erasmo; Em Basileia troca amizade com Sebastian Munster, (matemático e professor de hebreu e conhecido luterano) e com Simon Grynaeus, (teólogo e filósofo alemão).

1533 – Esteve em Paris dando-se com Fr Roque de Almeida, também de ideias “suspeitas para o tempo. D. João III temendo que as suas relações de amizade com tais individualidades lhe trouxessem problemas, chama-o a Lisboa, e convida-o para tesoureiro da Casa da Índia. Damião de Goes recusa o cargo e vai em peregrinação a Santiago de Compostela; regressa.

1534 – Viajou a Estrasburgo e depois a Friburgo onde foi hóspede de Erasmo durante quatro meses; inscreveu-se como estudante na Universidade de Pádua e passou a ter relações mais bem vistas em Portugal: tornou-se amigo do Cardeal Sadoleto, célebre humanista italiano.

1538 – Publicou em Veneza o Livro de Marco Tullio Cíceram, em latim

1539 – Obteve licença de D. João III para se casar em Lovaina com Joana van Hargen, dama de Oesterwiks e matriculou-se na Universidade de Lovaina; publicou os “Comentari Rerum Gestarum in India”; foi depois para Roma onde foi muito bem recebido pelo Papa Paulo III, seguindo depois para a Corte do Imperador Carlos V.

1540 – Publicou “Fides, Religio Moresque Aethiopum” e nasceu-lhe o primeiro filho, Manuel de Goes.

1541 – Saiu em Lovaina, “Hispaniae Urbis Ubertia et Potentia”.

1542 – Lovaina foi cercada pelo exército francês e o senado nomeou Damião de Goes chefe da defesa, pelo que esteve preso um ano em França à ordem do rei Francisco I

1544 – D. Joao III resgatou-o e voltou para Lovaina onde publica Aliquot Opuscula; O Imperador Carlos V, para manifestar o seu reconhecimento pelos monumentais serviços prestados, elevou-o a Fidalgo de Cota de Armas da Flandres, confirmado por el-Rel D. Sebastião.

1545 – Regressou a Portugal (com a mulher e três filhos) para ser mestre do príncipe D. João e é neste ano que é denunciado ao Santo Ofício.

1546 – Saiu em Lisboa, Urbis Lovaniensis Obsidio.

1548 – Regressou a Alenquer e em 3 de Junho de 1548. É nomeado guarda-mor interino da Torre do Tombo a substituir Fernão de Pina, a contas com o Santo Ofício.

1554 – Publicou, em Évora, “Urbis Olisiponensis Descriptio”.

1558 – O Cardeal-Rei D. Henrique encarregou Damião de Goes de escrever a “Chronica do Felicíssimo Rei Dom Emanuel”.

1566 – Saem, em português, a 1ª e a 2ª Partes da Chronica do Felicíssimo Rei Dom Emanuel.

1567 – Saem as 3ª e 4ª Partes da Chronica do Felicíssimo Rei Dom Emanuel e a Chronica do Príncipe Dom Joam.

1571 – (Abril) É novamente denunciado ao Tribunal do Santo Ofício e é preso. Mais tarde é libertado.

1572 – Em Outubro é condenado a prisão perpétua no mosteiro da Batalha.

1574 – Morreu em 30 de Janeiro na sua casa de Alenquer, segundo parece, assassinado

D.João III nasceu em Junho de 1502. Foi o responsável pela instalação entre nós do Tribunal do Santo Ofício. Apesar disso foi acérrimo defensor da liberdade intelectual e de movimentos de Damião de Goes. Enquanto vivo nada de mal aconteceu ao grande humanista.

INQUÉRITO:

Damiao-Maria do RosarioDr.ª Maria do Rosário Costa
(Directora da Biblioteca Municipal de Alenquer)
Damião de Goes, figura ímpar da Europa do séc. XVI, espírito grandioso, culto e erudito, versátil como Diplomata, Humanista, Cronista e Músico.

Na acepção de todos os dias, consideramos Damião de Goes, um vulto universal, homem europeu, tolerante e entusiasta pela diversidade religiosa, cultural e social dos homens nos seus dogmas, crenças e convicções profundas.

Natural como todos sabem de Alenquer, vivendo na Corte e viajando pela Europa, conhecendo países, novas culturas, novos idiomas e novas religiões, foi, após grande contributo a Portugal do seu tempo, preso e julgado pela Inquisição. O grande cronista, acaba de falecer, assassinado na sua casa em Alenquer.
Testemunhos da sua dedicação à Vila, bastantes, a encontrar nas Igrejas de S. Pedro e Convento de S. Francisco.
Para o conhecer, um parecer: a leitura da esplêndida obra de Fernando Campos “A Sala das Perguntas…”.

Damiao-José Manuel GarciaJosé Manuel Garcia
(Técnico da Biblioteca Municipal de Alenquer)
Foi um grande humanista, um grande divulgador e um grande fomentador da cultura no Renascimento. Em Portugal foi um expoente de cultura europeia. Transportou Portugal para a Europa, pois no seu tempo Portugal estava centrado num esquema de pensamento, num esquema conceptual, num esquema de vivências inteiramente medieval e ele foi um indivíduo que transportou Portugal da idade média para os tempos modernos.

Foi um homem dos tempos novos, foi o homem que fez a mutação da idade média para a idade moderna, a nível de mentalidades, a nível de concepções lógicas, a nível de toda uma concepção geral da cultura. Ele foi grande amigo de Erasmo de Roterdão, outro grande humanista do seu tempo e ambos foram, com outros, os criadores daquilo a que no nosso tempo se chama Ciências Humanas. Os humanistas daquele tempo criaram um grande interesse pelo homem.

Damião de Goes foi um homem que começou a dissipar as trevas, duma certa ignorância, dum certo medo medieval para um tempo em que o homem se tornou uma realidade mais plástica, com mais possibilidades.

A concepção de Damião de Goes e dos humanistas, é uma concepção mais aberta, mais livre. Ele foi um homem que trabalhou nessa óptica. Erasmo foi outro. Outros homens houve no seu tempo, os grandes humanistas italianos, alguns dos quais para criarem um novo tipo de cultura sacrificaram até a própria vida, enfrentando a Inquisição.

Recordo-me por exemplo de Galileu que foi julgado pelo Santo Ofício por ter apresentado novas ideias científicas, um novo paradigma científico que ele propôs, recordo-me de Kepler, de Copérnico, etc. São homens como estes que deram a própria vida em defesa de novas ideias e de uma nova concepção do mundo e das coisas. (outro foi Giordano Bruno).

Damião de Goes restaurou a “ideia homem”, restaurou uma nova cultura em Portugal. Tirou Portugal das trevas medievais, tirou Portugal do paradigma e do conjunto de dogmas que faziam o conceito medieval, baseados todos na vivência monástica, muito severa, e no medo omnipresente.

Damiao-Carlos CordeiroCarlos Cordeiro (Presidente da Assembleia Municipal)
Penso que Alenquer tem uma dívida para com Damião de Goes e que vai agora pagá-la. Sinto-me bastante satisfeito em verificar que fico ligado ao pagamento dessa dívida, na medida em que, como Presidente da Assembleia Municipal, pertenço à autarquia que vai fazer o pagamento dessa dívida, que é fazermos a homenagem que ele merece.

 

Damiao-Casimiro GomesCasimiro Gomes (Alenquer)
Conheço aquilo que estudei quando era miúdo.

 

 

 

Engº. Rui Neto (Abrigada)
Sobre o Damião de Goes, só tenho conhecimento da parte histórica e do conhecimento referente ao concelho de Alenquer. Portanto eu não consigo aprofundar muito mais daquilo que estudei do humanismo. Sei que nasceu em Alenquer, mas não posso dar mais dados históricos. Penso que tem havido alguma divulgação em termos monumentais, como por exemplo: o Auditório, um busto colocado no jardim à volta do Tribunal. É uma figura ilustre do nosso concelho, mas não sei detalhar muito mais, como poderia fazer de outras figuras históricas.

 

Damiao-Angela SofiaÂngela Sofia (Cadafais)
Era um escritor?

 

 

 

Ana Maria (Cadafais)
Era um escritor e tinha um Colégio em Alenquer com o seu nome.

 

 

 

Carlos Areal (Carregado)
É um ilustre natural do concelho de Alenquer que viveu no sec XVI e que se julga ter sido assassinado pela Inquisição, e que depois de enterrado foi exumado. Viveu na Europa e tornou-se conhecido com as ideias modernas, do seu tempo. Inclusive o Dürer fez uma gravura dele.

 

 

Damiao-Nuno Miguel CavalhoNuno Miguel Carvalho (Carregado)
É daquelas figuras que já ouvi falar. Nos Descobrimentos?

 

 

 

Damiao-Jose LourencoJosé Lourenço (Labrugeira)
Só sei que foi um grande homem. Nunca se divulgou nada sobre ele, fora do concelho, pois eu só comecei a ouvir falar dessa personagem quando vim para cá morar. Fala-se sim muito no Camões, diz-se que nasceu cá. Do Damião, sei que tem um busto, um auditório e uma rua com o seu nome.

 

 

Damiao-Beatriz CabralBeatriz Cabral (Labrugeira)
Tenho pouco conhecimento. Sei que foi um grande escritor, mas não sei em que século.

 

 

 

Damiao-Antonia CarvalhotaAntónia Carvalhota (Penafirme)
Tenho ouvido falar. Penso que era um escritor ou dramaturgo, mas a certeza não tenho. É uma vergonha, mas não sei. Nunca houve divulgação, a maior parte das pessoas não sabe quem foi Damião de Goes. Eu já ouvi falar, mas juro que não sei quem foi, era um humanista?
Mas também nunca tive muito interesse em saber quem era. Acho que existem ou existiram muitas pessoas importantes em Alenquer, mas que nunca se ouve falar, ou ninguém escreve sobre o assunto.

Damiao-inq-Pereiro-Anne Marie 1Anne Marie Lopes (Pereiro)
Foi uma personagem nascida no sec XVI em Alenquer que foi embaixador de D. Manuel e que viajou muito pela Europa. Foi um homem que expressou as suas ideias escrevendo e que teve uma morte assaz esquisita. Pensa-se que morreu por motivos religiosos. Foi uma grande cabeça, no seu tempo.

 

António Ferreira Juno (Penedos)
Olhe, nunca ouvi falar, pois não andei na escola, por isso não sei de nada.

 

 

 

Damiao-inq-Penedos-Vicente JorgeVicente Jorge (Penedos)Foi um grande estadista que era natural do concelho de Alenquer.
Já li algumas coisas a seu respeito.

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